O São Paulo pretende processar criminalmente o dono da SAF do Botafogo, John Textor. Nesta segunda-feira, o empresário afirmou em texto publicado em seu site, sem apresentar provas, que jogadores tricolores manipularam uma partida que terminou 5 a 0 para o Palmeiras no Brasileiro do ano passado. O clube paulista também levará o caso aos tribunais esportivos. Em nota divulgada pouco depois da publicação de Textor, o São Paulo diz que “repudia veementemente as graves e infundadas acusações de participação de atletas do elenco tricolor em manipulação de resultado feitas pelo dono da SAF Botafogo”. Veja a íntegra do comunicado: "O São Paulo Futebol Clube tomou conhecimento e repudia veementemente as graves e infundadas acusações de participação de atletas do elenco tricolor em manipulação de resultado feitas pelo dono da SAF Botafogo. Tal afirmação sem nenhum vestígio de prova ataca a idoneidade de jogadores do elenco profissional masculino e a lisura da instituição São Paulo FC em seus 94 anos de história. O clube já acionou seu departamento jurídico, que estudará e tomará as medidas cabíveis na esfera legal."
Entre as "medidas cabíveis" citadas na nota, está um processo criminal contra Textor. O empresário tem afirmado, há meses, que o Palmeiras tem sido beneficiado por esquemas de manipulação, sem apresentar provas. No ano passado, o Botafogo foi superado pelo time alviverde na reta final do Brasileiro após liderar a maior parte do campeonato. O Palmeiras acabou campeão. Textor afirma que cinco jogadores do São Paulo atuaram para manipular o clássico da 29ª rodada do torneio do ano passado - momento em que o Botafogo ainda liderava a competição.
O que diz a nota de Textor sobre Palmeiras 5 x 0 São Paulo : "A vitória de 5 a 0 do Palmeiras, que foi o começo de aparentemente uma retomada impossível (e agora histórica) sobre uma equipe do Botafogo que tinha um recorde de pontos do primeiro turno do Brasileirão, após 14 vitórias em 17 jogos, foi manipulada. O jogo entre Palmeiras e São Paulo em outubro de 2023 foi, de acordo com especialistas e inteligência artificial, manipulada por ao menos cinco jogadores do São Paulo . Um total de sete jogadores mostraram desvios anormais em situações cruciais de gols, apesar de que apenas cinco foram julgados de terem ultrapassado limites que deixam claro e convincente a manipulação. É preciso deixar claro que a prova não estabelece motivos, e também não sugere que nenhum clube foi responsável pela manipulação além dos jogadores identificados. O relatório match-fix nível II que prova, após conclusão do match-fix nível III, manipulação da partida em Palmeiras x São Paulo foi enviado ao STJD no fim de 2023, mas o STJD teve uma decisão clara de não investigar mais a fundo. Nomes dos acusados são, e sempre deverão ser, redigidos e não mostrados a uma justiça desportiva. Tamanhas provas devem ser apresentadas apenas para procuradores constitucionais e investigadores governamentais. Eu não tenho intenção de prejudicar os acusados antes de eles conseguirem se proteger."
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