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Cortina de fumaça e afrontameno político: bastidores da proposta de CBF a Dorival Jr

Qual é a melhor estratégia utilizada por todos os grandes governos - sem que a maioria, como 90% das pessoas percebem - para mudarem o foco de algo que pode colocar em cheque a permanência em seus cargos em sentido legal e ético é criar algum conteúdo inacreditável e viral novo que disperse a atenção de todos. Mais eficiente ainda quando este movimento invade território de seus opositores os deixando enfraquecido.

Essa foi a sacada de Ednaldo Rodrigues a, logo menos de 4 horas de ser restítuido ao cargo presidencial da CBF, convidar o técnico Dorival Junior à seleção. Quem está falando de sua eleição irregular agora? Além disso, os clubes, tendo Julio Casares como improtante representante, apoiam fortemente Reinaldo Carneiro Bastos como novo presidene. Veja mais abaixo.



O presidente Julio Casares é um entusiasta de Reinaldo Carneiro Bastos na CBF. Carneiro Bastos é opositor a Ednaldo.

Ednaldo foi destituído de seu cargo após a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, de anular o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinalado entre o Ministério Público e a CBF, que firmou as regras da eleição do eventual presidente, em 2022. Em seu lugar, o presidente do STJD, José Perdiz Jesus, assumiu o posto.

Após a saída de Ednaldo, a nova cúpula indicou José Perdiz como interino e estabeleceu novas eleições após 30 dias úteis. Entretanto, a Fifa e a Conmebol enviaram uma carta à CBF, afirmando não reconhecer a decisão, além da citação de eventuais punições elegíveis tanto à seleção quanto aos clubes, como a proibição de ingresso em competições internacionais.

A seleção pré-olímpica também pode ser afetada: “Nessa situação, há risco de prejuízo iminente, uma vez que a inscrição de jogadores da Seleção Brasileira no torneio qualificatório para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que deve ser ultimada até amanhã (5.1.2024), restaria inviabilizada”, diz Gilmar.

A Fifa e a Conmebol agendaram uma visita ao Brasil no próximo dia 8, para negociar e resolver a situação política da CBF e evitar uma crise.

Como tudo isso começou?
Tudo começou em 2017, quando o Ministério Público do Rio de Janeiro questionou na Justiça a realização de uma Assembleia Geral da CBF que alterou as regras para as eleições na entidade. Tal decisão ocorreu sem a participação dos clubes, o gerou a reclamação do MP.

O presidente da CBF na época era Marco Polo Del Nero. Foi sob essas regras eleitorais, contestadas pelo Ministério Público, que Rogério Caboclo foi eleito para um mandato que iria de abril de 2019 a abril de 2023.

Em julho de 2021, quando Rogério Caboclo estava afastado da presidência da CBF por denúncias de assédio, a Justiça do Rio de Janeiro anulou sua eleição – e a de seus vices – e decretou uma intervenção na entidade.

Neste momento a CBF era presidida interinamente por Antonio Carlos Nunes, então o vice presidente mais velho da chapa de Caboclo.

Os interventores nomeados foram Reinaldo Carneiro Bastos e Rodolfo Landim, respectivamente presidentes da Federação Paulista de Futebol e Flamengo. Mas essa decisão foi anulada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro dias depois.

Em agosto de 2021, os vice-presidentes da CBF nomearam Ednaldo Rodrigues como presidente interino, até a conclusão do mandato de Rogério Caboclo, que terminaria em abril de 2023.

Em março de 2022, Ednaldo Rodrigues e o Ministério Público do Rio de Janeiro assinaram um TAC que estabelecia novas regras eleitorais e, em teoria, deveria extinguir a ação que chegou a resultar numa intervenção na CBF

Sob essas novas regras, Ednaldo Rodrigues se elegeu presidente da CBF como candidato único em 2022 para um mandato de quatro anos. Mas houve vice-presidentes da CBF que, na época, contestaram a assinatura do acordo com o MP.

A alegação – contestada pela CBF – é que Ednaldo não poderia assinar o TAC porque era o presidente interino e poderia se beneficiar de tal acordo para se candidatar em seguida. Os vice-presidentes também reclamam que, com o TAC, perderam um ano de mandato. Essas alegações serão julgadas nesta quarta-feira no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Em 23 de março de 2017, a CBF promoveu uma assembleia geral – sem a participação dos clubes – e definiu novas regras para suas eleições. O colégio eleitoral da entidade passou a ser formado pelas 27 federações estaduais, os 20 clubes da Série A e os 20 clubes das Série B do Campeonato Brasileiro.

Para driblar a maioria dos clubes, a CBF estabeleceu que os votos das federações estaduais teriam peso 3, os votos dos clubes das Séries A teriam peso 2, e os votos dos clubes da Série B terão peso 1. Na prática, se as 27 federações estaduais votassem no mesmo candidato, elas teriam 81 votos. Se os clubes se unissem, teriam 60 votos.



O MP aciona a Justiça
O fato de os clubes não terem participado da Assembleia Geral que resultou na mudança de estatuto da CBF gerou uma reclamação do deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ). Ele pediu ao Ministério Público Federal que abrisse uma investigação contra a CBF por supostamente violar a Lei Pelé. O MPF afirmou não ter competência para analisar a questão e o caso não andou.

Em julho de 2017, o promotor Rodrigo Terra, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), entrou com uma ação contra a CBF no Juizado Especial do Torcedor. Terra, da promotoria de Defesa do Consumidor, pediu a anulação da Assembleia Geral que definiu as regras eleitorais da CBF. O promotor sustenta que a CBF descumpriu o Estatuto do Torcedor.

Na época, a CBF divulgou uma nota na qual afirmava que sua Assembleia Geral estava dentro da lei:

– A CBF reafirma sua absoluta convicção de que a convocação e as deliberações da referida Assembleia Geral obedeceram a todos os procedimentos previstos em lei, opinião avalizada por pareceres de alguns dos juristas mais importantes do país. Sendo assim, reitera sua tranquilidade em relação à tramitação do processo e à decisão do Poder Judiciário.

Até agora todas as ações são um grande afrontamento aos clubes, abuso excessivo de força máxima de poder e afrontamento. A situação de Fernando Diniz já foi complicada enquanto interino na vexatória negociação com Carlo Ancelotti. É um desrespeito ultragante da CBF com os clubes que fere diretamente a boa classe também com os treinadores

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Comentários (2)
05/01/2024 20:17:00 Renato R. Bustamante

Daí virou a casa da mãe Joana. Verdadeira zona

05/01/2024 17:09:32 Dagma Bezerra de Almeida

É vou tirar esses app não presta

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