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França explica a diferença entre ele e Calleri no São Paulo e elege gol inesquecível contra o Flamengo: "Ia dar uma bicicleta"

  • Murilo Borges
  • 22 de set, 2023, 06:00
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  • Poucos que vestiram a camisa do São Paulo sabem o que é fazer gol como França. Quinto maior artilheiro da história do clube, com 182 gols ao longo de seis anos e meio (1996 a 2002), ele tem muito a ensinar aos atacantes da atualidade, algo que ele de fato gostaria se houvesse a chance.

    "Seria legal ser treinador de atacante. Precisa mandar uma carta pra CBF para abrir essa esse curso aí (risos). Eu seria mais produtivo se ensinasse meu conhecimento de atacante. Seria legal", brincou o ex-jogador, hoje com 47 anos e vivendo em Dubai, em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br .

    Se a função não existe, França distribui conhecimento informalmente. Fora do Brasil há mais de duas décadas, ele costuma postar imagens de gols seus nas redes sociais ou de lances do futebol atual, com comentários do que poderia ser feito para que a jogada terminasse nas redes.

    Ver lances assim só faz a saudade da torcida são-paulina aumentar, a ponto de muitos lamentarem que o time atual, às vésperas de decidir o título da Copa do Brasil contra o Flamengo , neste domingo (24), no Morumbi, não tenha alguém com a habilidade do antigo camisa 9.

    À ESPN , França não esconde a saudade que sente ao ver o estádio lotado, como certamente estará no fim de semana, e diz qual característica sua os atuais atacantes do Tricolor poderiam ter para deixar o clube mais perto de um título inédito.

    "O raciocínio rápido. Tem coisas que você não treina. Não dá para pegar o Calleri e jogar que nem o França, não vai conseguir. Acho que é um dom, eu nasci com isso, o Romário nasceu com o dom dele, o Dodô, o Ronaldinho Gaúcho", afirmou o ex-artilheiro, que continuou.

    "Eu sempre falo: cada um tem o seu DNA, né? Não adianta você forçar. Porém, é hoje claro que falta no ataque do São Paulo um jogador com o meu estilo, com o do Dodô, com o do Aristizabal, que sai da área e faz jogadas de habilidades, tabela e vai para cima. E o São Paulo tem dificuldade por isso. O Calleri é um jogador mais de área, então os outros jogadores têm que construir para ele fazer o gol. Ele não constrói seu próprio gol".

    A comparação com Calleri é inevitável, ainda mais no momento em que o argentino tenta ser decisivo na busca do primeiro título pelo São Paulo. Na atual temporada, o camisa 9 soma 12 gols em 41 jogos, média bastante inferior a que França costuma obter em sua época. Contudo, o argentino foi o diferencial do time no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, garantindo a vitória do Tricolor contra o Flamengo no Maracanã.

    "É até difícil de dar conselho para um jogador tão matador como o Calleri. Ajudou muito o São Paulo. Porém, essa geração não está acostumada ao que a torcida da minha época estava acostumada. Eu fazia dois a três gols por partida, o Dodô fazia dois. Era massacre de gols o tempo todo. Infelizmente o Calleri não consegue fazer essa sequência", analisou França.

    Os são-paulinos esperam que Calleri se inspire novamente no domingo e consiga deixar sua marca outra vez contra o Flamengo como o ídolo fazia. Pelo São Paulo, França marcou nove gols em 12 duelos com o time rubro-negro, alguns bem bonitos, como o de 7 de fevereiro de 2001.

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    França escolhe gol preferido contra o Flamengo e se diverte ao lembrar lance: 'Eu ia dar uma bicicleta sozinho

    Ex-jogador concedeu entrevista ao ESPN.com.br

    Pelo Torneio Rio-São Paulo, o time paulista enfrentou o carioca no Morumbi e venceu por 2 a 0. França abriu o placar de pênalti e completou a vitória em um lance que teve até chapéu no goleiro Júlio César antes de completar para as redes.

    "Eu gosto muito deste lance. O Fabiano mete no meio-campo para mim, vou eu contra o Júlio César, eu dou uma 'touca' nele e olho para trás. Se o Júlio César não vem correndo, eu ia fazer gol de bicicleta. Ia levantar a bola e fazer de bicicleta sozinho. Mas quando eu olho para trás, vejo ele, aí eu faço gol para não inventar".

    Com ou sem inventar, é certo que o São Paulo precisará da figura de Calleri para sair campeão neste domingo. Após uma vitória por 1 a 0 no Maracanã com gol do atacante argentino , o time de Dorival Júnior precisa apenas de um empate para levantar um troféu inédito em sua história. De longe, França não consegue mais ajudar em campo, mas estará na torcida.

    Próximos jogos do São Paulo:

  • Flamengo (C) - 24/09, 21h30 (de Brasília) - Copa do Brasil

  • Coritiba (C) - 27/09, 19h (de Brasília) - Brasileirão

  • Corinthians (C) - 30/09, 18h30 (de Brasília) - Brasileirão


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    Comentários (3)
    23/09/2023 04:34:13 Frutania Comércio

    Foi muito bom, mas não se compara ao talento de Careca, kkkkkk o maior de todos. Sem duvidas

    22/09/2023 13:39:24 MarcosYuji

    Contrata ele logo Casares

    22/09/2023 13:37:46 William Almeida

    melhor centroavante que eu vi jogar no SPFC ... melhor que Careca, Serginho, Mirandinha, Dodo, Toninho Guerreiro, etc

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