Um líder repetido e um lanterna “inédito” são fatos a se destacar na 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mas os jogos deste fim de semana mostraram que o despertar do tricampeão é para valer. O São Paulo venceu por 1 a 0, quebrou a invencibilidade do Vitória em Salvador e, em oitavo lugar, começa a rondar o pelotão da frente. Por outro lado, outra equipe ascendente rateou. Vaiado e em crise com a própria torcida, o Flamengo tropeçou no ex-último colocado Náutico, no Maracanã.

Ratear é um verbo que a dureza do Brasileirão não permite. Por isso, mesmo com Obina e Diego Souza passando em branco, o Palmeiras mostrou força ao vencer o Sport por 1 a 0, fora de casa. O primeiro colocado, com 34 pontos, teve a ajuda preciosa do gol contra de Bruno Telles para manter o “estilo Muricy” de campanhas corretas e sem deslizes. O Alviverde igualou a campanha do Corinthians em 2005, até então o melhor da era pontos corridos em 16 rodadas.

Jogadores do São Paulo comemoram o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Vitória neste domingo, em Salvador. Atual tricampeão é o oitavo

Por pouco o saldo positivo de três pontos sobre o segundo colocado não aumentou. Renan Oliveira, aos 42 minutos do segundo tempo, salvou o Atlético-MG de um empate dentro de casa e levou a euforia de volta ao Mineirão com o triunfo por 3 a a 2 sobre o Coritiba. Era o fim da sequência de duas derrotas.

No Japão para a disputa da Copa Suruga, quarta-feira, o Internacional teve a partida contra o Santos adiada. Por isso, nem pode queixar-se de perder a terceira posição para o Goiás. Os esmeraldinos saíram atrás, mas viraram por 2 a 1 sobre o Santo André, fora de casa, alcançaram a quinta vitória consecutiva e pularam para os 34 pontos.

Se na ponta de cima da classificação os galopes dos competidores foram convincentes e firmes, embaixo o Fluminense segue arrastando-se nas últimas posições. O campo enlameado de Londrina foi o palco para a derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR. A 11ª partida sem vitória deixou o time carioca na última colocação. À espera de Antônio Lopes, o Furacão pula para os 15 pontos, mas é a primeira equipe do Z-4.



O ex-lanterna foi ao Rio de Janeiro e suportou a pressão de um Maracanã com 41 mil pagantes. O Náutico fez primeiro e abriu caminho para as vaias dos torcedores do Flamengo. Um dos alvos, Léo Moura fez o gol de empate e extravasou. Xingou e gesticulou para os rubro-negros na estreia de Andrade como técnico efetivado.

No Corinthians, a revolta restringe-se aos dirigentes. Horas antes do jogo contra o Avaí, o diretor Mário Gobbi afirmou que foi agredido. É a continuidade do protesto pela saída de atletas depois dos títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Em campo, o Timão parou nas mãos de Eduardo Martini e ficou na igualdade por 0 a 0. O goleiro garantiu um precioso ponto, depois da série de cinco triunfos.

No reencontro pós-semifinal da Taça Libertadores, o Grêmio manteve a fama de “time caseiro”. A goleada por 4 a 1 sobre o Cruzeiro levou o time à sétima posição, com 24 pontos. Destes, 23 foram conseguidos no Olímpico.

Livre do Z-4 pela terceira rodada consecutiva, o Botafogo livrou-se do trauma de sofrer gols nos minutos finais e conseguiu a vitória por 2 a 1 sobre o Barueri aos 46 do segundo tempo. O time paulista, que já incomodou os líderes coleciona três derrotas.