Rafael, do São Paulo, celebra pênalti defendido de Luciano Juba, do Sport Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Não é exagero dizer que Rafael está em seu apogeu desde que passou a vestir a camisa do São Paulo. O goleiro tricolor foi o herói da classificação de sua equipe para as quartas de final da Copa do Brasil nesta quinta-feira, defendendo uma das cobranças de pênalti do Sport, e ganhou muitos elogios do técnico Dorival Júnior, seu velho conhecido.

"O Rafael se preparou ao longo da carreira. Talvez ele não tenha tido tantas oportunidades. Eu o conheci em 2007, já era o quarto goleiro do Cruzeiro. Na época vinha de uma crescente muito boa. Ele não teve oportunidades por ter encontrado sempre goleiros muito qualificados. É o momento para ele dar a sequência natural à carreira que demorou um pouquinho para ter um equilíbrio maior. Talvez esse seja o momento", disse Dorival Júnior.

Apesar de estar em seu início de trajetória no São Paulo, Rafael já vem sendo considerado por muitos como o melhor goleiro que passou pelo clube desde a aposentadoria de Rogério Ceni. Há quem ainda acredite que Tiago Volpi aparece à frente do atual arqueiro tricolor, mas é inegável que o momento do camisa 23 é para lá de positivo.

"Você substituir um goleiro como Rogério, só depois da décima geração vai acontecer. Toda a história do Rogério é impressionante. É natural que todo mundo tenha o reconhecimento por tudo o que ele fez. Você estar à frente de uma equipe que tenha um jogador como ele como maior ídolo, é natural que vá encontrar dificuldades. Não que não tenham passado goleiros de excelente nível, mas as comparações acabam desequilibrando quem passa. Que ele mantenha essa condição e que se estenda por muitos anos", completou.

Rafael foi contratado pelo São Paulo para ser a solução de um antigo problema do clube. Depois de Jandrei e Felipe Alves terem se revezado na meta na temporada passada, o Tricolor decidiu investir em um novo nome e, pelo menos por enquanto, parece ter feito uma boa escolha.

Rafael foi titular do São Paulo em 29 partidas na atual temporada e sofreu 20 gols. Aos 33 anos, o goleiro já manifestou o desejo de encerrar sua carreira no Tricolor escrevendo seu nome na história do clube.