Desde sua apresentação no São Paulo, Ricardo Gomes, quando perguntado sobre qual esquema gostaria de colocar em campo, afirmou que o 4-4-2 era o seu predileto. E foi o que aconteceu em sua estreia, contra o Náutico, na vitória por 2 a 0. Na partida seguinte, a derrota pelo mesmo placar, para o Coritiba, fez o comandante pensar em mudanças.

Daí em diante, nos últimos quatro confrontos, em três deles a equipe atuou no 3-5-2. Na vitória frente ao Santos e também no empate com o Internacional, pela primeira vez desde que chegou ao clube, Ricardo manteve a equipe com a formação que não admite ser a de sua preferência. Ele até repetiu a escalação.

– As eliminações no Paulista e na Libertadores, a mudança de treinador, de esquema tático, tudo contribuiu para que ficássemos um pouco abalados. Mas o Ricardo, como um cara consciente e inteligente que ele é, voltou para um sistema em que nós estávamos acostumados – afirmou o capitão tricolor André Dias.

O camisa 3, inclusive, é fã declarado do esquema com três zagueiros. Dessa maneira ele se destacou no Sampa, fazendo a sobra pelo meio.

Outros técnicos que passaram pelo São Paulo nos últimos anos também tentaram mudar o esquema, mas não foram felizes e acabaram voltando. Até Muricy Ramalho, este ano, tentou, mas acabou voltando para a formação da maioria dos jogos na conquista dos Brasileiros.

– A equipe tem evoluído, o que é importante. Nossa postura já melhorou, mas ainda faltam algumas coisas. A tendência é a de que possamos avançar ainda mais com os jogos e as vitórias – afirmou Ricardo Gomes.

Em busca de colocar o São Paulo na briga pelo título, a volta da velha maneira de atuar agora é a mesma de quando o clube foi campeão nos últimos anos. Ricardo Gomes até que tentou mudar, mas, ao voltar com os três zagueiros, a equipe melhorou e ele teve de se render. Agora, vai ser difícil trocar outra vez.