Foto: Lance!

Uma das maiores novidades da semana no Morumbi foi o anúncio de Alexandre Pato, que retorna para sua terceira passagem pelo São Paulo. A chegada do jogador foi, inclusive, influenciada pela vinda de Dorival Júnior para o comando da equipe.

Mas antes, para entender como Pato pode encaixar no elenco de Dorival, é preciso compreender a atual situação do jogador. Vale relembrar que, como o LANCE! adiantou, o anúncio de Pato estava pendente por questões físicas. No final do último ano, sofreu uma lesão no ligamento do joelho e terminou seu tratamento no CT da Barra Funda - onde estava desde fevereiro.

Pato já foi um centroavante, e no São Paulo mesmo, atuou justamente como um atacante. Porém, no Orlando City (sua última equipe), a realidade foi um pouco diferente. Na MLS, atuava um pouco mais recuado, muitas vezes como um meia armador. Muitas vezes, até chegava no campo de defesa para buscar a bola e iniciar a jogada.

Muito por seu histórico e times que jogou, Pato sempre foi um jogador criativo. Apresenta uma boa leitura de jogo - conseguindo enxergar as jogadas. Na MLS, inclusive, tinha bastante liberdade para flutuar no meio de campo e nas entrelinhas do ataque. Esta é uma das maiores diferenças do Pato de "antigamente".

Porém, ainda é preciso se atentar a certos pontos. Por conta da lesão, não atua desde o último ano. Assim, ainda precisa "voltar ao ritmo". Agora, a principal dúvida é: Pato será utilizado como atacante ou como meia armador?

Diante a este São Paulo, as duas opções são válidas. Mas por quê? No ataque, o São Paulo tem uma certa deficiência no setor. Em tese, o Tricolor conta com dois centroavantes: Calleri e Erison - que chegou justamente para ser um reserva do argentino. Erison, por sua vez, ainda está no departamento médico e sem opção de retorno. Juan também surge na conversa, mas por ser um atleta bem mais novo e ainda ganhando experiência no profissional, não conquistou - de fato -, seu espaço na equipe. Neste contexto, pode ser que Pato apareça como uma opção para revezar com o camisa 9.

Porém, é provável que isso surja mais como uma opção para Dorival, já que nos últimos anos, a função de Pato foi outra. A que parece mais certa é Pato aparecendo como um apoio ao ataque.

Nos começos dos trabalhos de Dorival no Tricolor, o treinador ensaiou jogar em um 4-4-2, porém, nos jogos mais recentes, o técnico começou a testar um 4-3-3, geralmente com uma dupla de volantes, Nestor mais avançado e três peças no ataque (em algumas escalações, Marcos Paulo, Luciano e Calleri).

Neste sistema, Pato poderia surgir também como uma opção para a posição que, hoje, é ocupada por Rodrigo Nestor. Ou talvez, até mesmo, no lugar de Luciano - como um atacante de criação, e que ajuda mais adiante.

Embora ainda é difícil prever se Pato chega com posto de titular, por todo seu histórico, é certo que será uma peça importante para o elenco - muito pelo calendário complicado de jogos e viagens que o clube do Morumbi tem vivido. O camisa 10 tricolor, por exemplo, não tem um substituto que corresponda à função que ocupa atualmente.

Pensando no esquema de Dorival, Pato seria um coringa. Um 12º jogador. É um atleta que pode funcionar como um ponta, como um centroavante, como um meia... Tudo dependerá exclusivamente de um fator: o físico.