O São Paulo tinha o teste perfeito na noite do último sábado para provar que as boas vitórias contra Inter de Limeira (5 a 1) e São Bento (3 a 0) não aconteceram apenas pela fragilidade dos adversários.
Diante do São Bernardo, para mais de 52 mil torcedores presentes no Morumbi, a equipe comandada por Rogério Ceni tinha todos os elementos para se consolidar na temporada e mostrar que era capaz de vencer a segunda melhor campanha do Paulistão, com quem dividia até então o melhor ataque.
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Mas o São Paulo não passou no verdadeiro teste e novamente se viu encurralado e cometendo inúmeras falhas diante de uma equipe organizada e forte. Já tinha sido assim contra o Corinthians, no próprio Morumbi, quando foi derrotado por 2 a 1, e diante do Red Bull Bragantino, fora de casa, em derrota também por 2 a 1. Contra o Palmeiras, fora de casa, ficou no 0 a 0.
A apresentação do time no último sábado sem dúvidas foi a pior da temporada em seu estádio. No primeiro tempo, o 1 a 0 adverso ficou barato. Se não fosse uma recuperação de Alan Franco para tirar a bola em cima da linha após perder na corrida para Matheus Régis, o Tricolor iria para o vestiário com um 2 a 0 contra.
Rogério Ceni ainda perdeu Calleri no final da primeira etapa por conta de dores no tornozelo direito, o que piorou ainda mais a equipe. Galoppo se tornou o centroavante, mas passou longe de ser aquele goleador dos jogos passados.
Rogério Ceni ainda perdeu Calleri no final da primeira etapa por conta de dores no tornozelo direito, o que piorou ainda mais a equipe. Galoppo se tornou o centroavante, mas passou longe de ser aquele goleador dos jogos passados.
Com a entrada de Pedrinho na vaga de Calleri, esperava-se um São Paulo mais veloz e quebrando linhas. Mas o que se viu no segundo tempo foi novamente um time apático e sem saídas da forte marcação do São Bernardo, que novamente quase marcou em contra-ataque. A bola de João Carlos parou na trave.
Nem mesmo o lance de susto aos 12 minutos do segundo tempo acordou o time de Ceni. A dificuldade era nítida, e cada vez mais o time do ABC Paulista se sobressaía na velocidade e na organização.
A irritação da torcida foi parar dentro de campo. Os jogadores sentiram as inúmeras críticas e vaias das arquibancadas e buscaram o empate na base das bolas alçadas na área. Sem sucesso.
A derrota diante de sua torcida em peso e com um jogo bem ruim do coletivo liga um sinal de alerta para as quartas de final. O adversário está definido e será o Água Santa, que tem a mesma campanha do São Paulo - ambos com 20 pontos. O que separam os dois é o saldo de gols (11 a 3).
Por enquanto, o Tricolor segue como líder do Grupo B pelo critério de desempate, mas a derrota deste sábado faz o time correr o risco de terminar a fase de grupos na segunda posição e, consequentemente, perder o mando de campo nas quartas.
Para não sofrer tal prejuízo, o São Paulo precisa vencer o Botafogo-SP, no próximo domingo, às 16h. Caso empate ou perca, também precisa contar com um tropeço do Água Santa, que visita o São Bernardo, no mesmo dia e horário.
Mas mais do que se importar neste momento com a melhor classificação, o time do Rogério Ceni tem que focar em atuar bem contra boas equipes. As fortes vaias após o apito final são o termômetro de que não há margem para mais erros nesta temporada.
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