Com R$ 27 milhões a receber da CBF pela nona colocação no Campeonato Brasileiro, o São Paulo tem um problema de caráter urgente para resolver enquanto o elenco profissional aproveita os 30 dias de férias concedidos: a quitação de valores pendentes com parte dos jogadores. Isso em um momento que veteranos cujo contrato acaba no final do ano já se despedem do Morumbi.
Segundo o LANCE! apurou com fontes da cúpula são-paulina, segue em pé a promessa de quitar até o final do ano pendências como salários parcelados ainda da época da pandemia, bichos, luvas e prêmios estipulados em contrato.
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O problema é como isso será feito. E principalmente em que condições. Principalmente com os veteranos, com quem o clube tem as maiores pendências.
Na última semana, o L! revelou que para acertar a saída de Éder, um dos veteranos com quem acumulava pendências, o clube definiu o parcelamento dos dividendos, cujo valor não foi revelado, em 24 meses.
O acerto foi bem visto por parte da gestão Julio Casares, que usará esta próxima semana para negociar acordos semelhantes com outros veteranos que estão de malas prontas, principalmente Miranda e Reinaldo. No caso do segundo, a reportagem levantou que é com o maior valor a receber do Tricolor. Até por ser o atleta com maior tempo de casa do plantel - oito temporadas.
E o problema não é nem sequer falta de caixa puro e simplesmente. O São Paulo tem cerca de R$ 700 milhões em dívidas. A expectativa de Casares é que o valor caia pelo ano produtivo que o clube teve pelo aspecto financeiro. Superou metas em competições como Sul-Americana e Copa do Brasil, viu a bilheteria e o marketing lhe render bons frutos e, principalmente, transbordou os caixas com a venda de atletas.
Além de negociar por conta própria nomes como Gabriel Sara, o Tricolor viu o Ajax vender Antony ao Manchester United em acordo que lhe renderá cinco prestações anuais milionárias.
A primeira delas, de cerca de R$ 35 milhões, foi paga pelos holandeses no final de outubro, conforme o L! revelou. E o clube usou parte do dinheiro para quitar pendências com atletas da base, como Beraldo, Pablo Maia, Juan, Talles Costa e Rodrigo Nestor. Segundo o portal 'UOL', aproximadamente R$ 7 milhões foram despendidos.
O pagamento das dívidas com as peças mais jovens do elenco teria sido um pedido dos veteranos. Mas há avaliação interna de que foram escolhidos simplesmente porque já se sabia que ficariam, enquanto os mais velhos não.
Fontes ouvidas pelo L! apontam que o clube não quitou de uma vez os atrasados com os jogadores por alguns fatores. Dois deles é o desejo pessoal de Casares de terminar uma temporada pela primeira vez em 12 anos com superávit. A outra é a de que o clube tentará negociações mais robustas para quitar dívidas especialmente com bancos.
A avaliação é de que essas medidas abririam caminho para acordos comerciais mais vantajosos ao clube. Além, claro, de manter o fluxo necessário para contratações.
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