Luciano desperdiçou pênalti para o São Paulo na partida contra o Goiás, disputada no Morumbi e válida pelo Campeonato Brasileiro (Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF)

O São Paulo venceu o Ceará por 1 a 0, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana. Mas a vantagem que o time leva para Fortaleza poderia ser maior, se o atacante Jonathan Calleri não tivesse perdido um pênalti já na reta final da partida.



O técnico Rogério Ceni admitiu que pensou em colocar Reinaldo, que voltava de lesão após um mês fora e estava no banco, mas que refutou a ideia por conta do longo período de inatividade do lateral esquerdo, além da pressão que poderia sentir ao ir a campo para cobrar o pênalti.



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"Me passou pela cabeça colocar o Reinaldo [para bater o pênalti] sim. Mas ele vinha de 30 dias sem jogar. Me coloquei no lugar dele. Eu não gostaria de bater um pênalti [nessas condições]. Ele entrar e bater sem sentir o peso da bola. Avaliei, pensei e voltei atrás", admitiu Ceni.

A confiança em Reinaldo é justificada por números. Com a camisa do São Paulo, ele bateu 21 pênaltis e errou apenas um. A única vez que o camisa 6 perdeu uma cobrança foi em 2019, contra o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro. De lá para cá, são 17 tentos consecutivos anotados por Reinaldo em tiros da marca de pênalti. Ao todo, Reinaldo ostenta impressionantes 95,2% de aproveitamento nas cobranças de penalidades.

O pênalti desperdiçado contra o Ceará foi o quarto que o São Paulo errou em 17 cobranças até aqui em 2022. Foi a segunda penalidade máxima que Calleri desperdiçou neste ano. A primeira havia sido diante do Avaí. Já Luciano parou em Tadeu no empate com o Goiás, pelo Brasileirão. Antes, ainda pelo Paulistão, Nikão não converteu diante do Botafogo-SP.

"Na palestra [antes do jogo], definimos que o Calleri era o primeiro batedor, e o Luciano, o segundo. Como o Luciano já tinha saído, e vi o Calleri sendo atendido, pensei que o Nikão fosse bater. A determinação era para que ele ou o Nikão batessem. O Calleri se recuperou, colocou a bola debaixo do braço, bateu, e a bola não entrou. O que nós temos é dar apoio a ele. Ele já resolveu muito para nós. Assim que você demonstra que é um time, quando alguma coisa ruim acontece com o jogador, nós temos de demonstrar como um time que no próximo jogo temos a chance de nos recuperar de um erro que poderia nos dar uma vitória mais tranquila para a gente no dia de hoje", enfatizou Ceni.



O São Paulo volta a campo no sábado (6), às 20h30, diante do Flamengo, pela 21ª Campeonato Brasileiro, no Morumbi. Com 26 pontos, o São Paulo ocupa a décima colocação. Na próxima quarta-feira (10), o time decide com o Ceará quem passa à semifinal da Copa Sul-Americana.

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