O empate por 1 a 1 fora de casa, costumeiramente comemorado pelo retrospecto histórico, foi lamentado por Rogério Ceni. O São Paulo se impôs no primeiro tempo e só não definiu o confronto graças a uma grande atuação de Cássio.
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No segundo, viu o Corinthians crescer e chegar à igualdade, antes de Igor Gomes, nos acréscimos, ter a chance da vitória na cabeça.
Na parte inicial do jogo, Ceni enviou a campo uma formação com três zagueiros (Diego Costa, Arboleda e Léo) e dois alas (Reinaldo e Igor Vinicius). No meio, encaixe individual em Du Queiroz, Renato Augusto e Maycon minou o jogo do Corinthians.
Essa estratégia anulou completamente a comum imposição corintiana na arena. De quebra, com a bola nos pés, jogando muito com os alas, principalmente Reinaldo na esquerda, o São Paulo se impôs como visitante como havia tempos não se impunha. O placar de 1 a 0 ficou barato.
Mesmo satisfeito com a atuação, Rogério reconfigurou o time na segunda etapa para responder à entrada de um ponta (Adson) no lugar de Gil. O treinador previa essa mudança de Vítor Pereira e modificou o sistema com três alterações antes mesmo de a bola voltar a rolar.
Ceni fez uma linha de quatro atletas atrás (Rafinha, Arboleda, Diego Costa e Léo) e testemunhou o crescimento do volume corintiano. Sem o encaixe, Du Queiroz e Renato Augusto, especialmente, empurraram o São Paulo para trás.
Mais cauteloso e sem jogadores de característica para contra-ataque, o São Paulo só incomodou o Corinthians no fim (e de maneira importante). Igor Gomes desperdiçou a chance de dar a vitória ao time nos acréscimos, mas em um momento no qual o volume corintiano sinalizava uma virada.
O que deu certo
Mais uma vez, o São Paulo conseguiu encaixar individualmente a marcação nas peças importantes do meio-campo corintiano. Renato Augusto, assim como em clássicos anteriores, sofreu no embate direto com Rodrigo Nestor e Igor Gomes.
Ofensivamente, o Tricolor apresentou grande volume na primeira etapa e levou perigo constantemente pelas alas, especialmente na esquerda. Reinaldo se sobressaiu no duelo com Mantuan e foi um dos principais nomes do time.
O São Paulo ainda conseguiu encontrar espaço entre as linhas com as movimentações de Luciano e Alisson. O enorme volume de jogo foi consequência de uma estratégia que anulou o Corinthians na Neo Química Arena (pelo menos por 45 minutos).
O que deu errado
Ceni pensou em formar uma linha de quatro jogadores para minar as presenças de Willian e Adson aberto pelos lados. Mas não deu certo, e o Corinthians cresceu de volume, buscando espaços justamente com os atletas abertos.
O gol sai com um passe que não é cortado, entrelinhas, que encontra Lucas Piton livre na ponta esquerda. Um detalhe fundamental e que impediu o São Paulo de quebrar o tabu de agora 16 jogos sem vencer o Corinthians na arena em Itaquera.
Próximos passos
Depois do empate que impediu o time de assumir a ponta do Brasileirão, o São Paulo se concentra novamente na Copa Sul-Americana, competição na qual já assegurou vaga nas oitavas de final.
Possivelmente com uma equipe bastante modificada, o Tricolor recebe o Ayacucho, do Peru, no Morumbi. A partida tem início previsto para as 19h15 (de Brasília).
Pelo Brasileirão, o Tricolor volta a campo no sábado, às 19h, contra o Ceará, no Morumbi.
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