Apontado por muitos como o mais completo da posição no elenco, o zagueiro, que chegou no meio de 2017 e está próximo de completar cinco anos de clube, deu entrevista exclusiva à ESPN na qual abriu o jogo sobre alguns temas do momento: estar como reserva, Rogério Ceni como técnico e o impacto da derrota acachapante para o Palmeiras na final do Campeonato Paulista.
LEIA TAMBÉM: Jonathan Calleri deve fechar em definitivo com o São Paulo
Com 30 anos, o equatoriano só preferiu não responder sobre a última polêmica em que se envolveu, quando apresentou-se ao São Paulo com atraso após servir a seleção de seu país nas eliminatórias para a Copa do Mundo, no fim de março, ato pelo qual foi punido pela direção com multa.
Sobre a alternância entre a titularidade e ser opção no banco, o que não estava acostumado, deu resposta sincera, embora tenha deixado claro que a briga sadia entre os defensores é boa para o grupo. "Todos querem jogar sempre, e eu sou assim também."
Das 22 partidas do time este ano, Arboleda participou de 12, sendo 11 como titular e uma vindo da reserva [a derrota por 4 a 0 para o Palmeiras]. Ele deve começar o confronto nesta quarta, no Alfredo Jaconi, uma vez que Diego Costa sequer viajou com a delegação.
Vale relembrar que para Rogério Ceni não há distinção entre reservas e titulares: "Existe um grupo de 17, 18, 19 caras que estão sempre jogando mais... Não tem titular e reserva. Se o Arboleda quiser jogar todos [os jogos], vai cair na parte física", afirmou o técnico após o triunfo sobre o Everton.
Embora não entrando no principal do questionamento, que era sobre o nível de Ceni como treinador em relação aos estrangeiros dos principais rivais paulistas, Arboleda também não se furtou a comentar sobre o ex-goleiro, um dos maiores ídolos da história da agremiação: "Um dos melhores treinadores que já trabalhei na minha carreira e aqui no São Paulo."
O zagueiro, que em dezembro de 2021 renovou seu contrato com o São Paulo até o fim de 2024 - o antigo vínculo acabaria no meio de 2022 -, ainda falou qual foi o sentimento pela perda da decisão do estadual para o Palmeiras da forma que se deu - o time ganhou o duelo de ida por 3 a 1 e foi atropelado por 4 a 0 na volta.
"Foi uma situação que machucou muito todo o elenco."
Veja, abaixo, as perguntas feitas pela ESPN e as respostas dadas por Arboleda:
ESPN - Você foi disparado o melhor jogador em campo contra o Everton-CHI. Ficar na reserva dá uma sensação de querer mostrar mais? E ir para o banco mexeu com você de alguma forma?
Arboleda - A disputa está muito boa, são atletas que trabalham bastante no dia a dia e isso é sempre bom para todo o elenco. Todos querem jogar sempre, e eu sou assim também. Fico feliz pelo desempenho individual e fico ainda mais feliz pelo coletivo. Começamos bem na Copa [Sul-Americana] e vou trabalhar para buscar sempre meu espaço.
ESPN - O São Paulo é o único dos quatro chamados grandes clubes de São Paulo que não tem um técnico estrangeiro e você também é comandado por um argentino na seleção equatoriana (Gustavo Alfaro). Pra você, Rogério Ceni está no mesmo nível que Abel Ferreira (Palmeiras), Vítor Pereira (Corinthians) e Fabián Bustos (Santos)?
Arboleda - O Rogério inova muito nos treinos, conhece bastante sobre tática e cobra muito da gente nos posicionamentos defensivos e construção ofensiva. É um treinador que conhece o clube mais do que qualquer um de nós, entende o DNA do São Paulo e motiva a gente a buscar sempre mais. Um dos melhores treinadores que já trabalhei na minha carreira e aqui no São Paulo.
ESPN - Perder o título do Paulista para o Palmeiras da forma como foi de alguma maneira ajudou o time a estrear bem no Brasileiro?
Arboleda - Foi uma situação que machucou muito todo o elenco, pois sabíamos da nossa capacidade. O Palmeiras tem um elenco forte, com identidade e foi melhor do que a gente no segundo jogo, como fomos melhores do que eles no primeiro.
Isso motiva a entrar a fim de bons resultados, mas a maior motivação tem que ser do Arboleda, do Pablo [Maia], do Calleri, de todos os atletas. Através disso, todos nós levamos boas energias ao grupo. Isso é o mais importante. A motivação tem que existir só por vestir as cores do São Paulo, sempre falei isso para todos internamente.
entrevista, Arboleda, jogo, reserva, Rogério Ceni, derrota, Palmeiras
VEJA TAMBÉM
- ADEUS DO MEIA? Santiago Longo fora dos gramados: explicações da comissão técnica do São Paulo
- REFORÇO DE PESO! São Paulo busca assinatura de craque argentino para 2025
- NÃO VOLTA! Galoppo passa por procedimento e só volta em 2025