O São Paulo vive duas novelas envolvendo seu setor ofensivo. Na primeira, o clube encontra dificuldades para contratar um atacante. No último capítulo, ontem (14), o Tricolor encerrou as negociações com Yeferson Soteldo, do Toronto FC. A outra se refere ao destino de Pablo. O atacante está fora dos planos do Tricolor para a temporada, mas não quis ir para Ceará e Santos e se tornou uma pedra no sapato da diretoria.



Na Live do São Paulo, programa do UOL Esporte com as últimas novidades do Tricolor no mercado da bola, os jornalistas Marcelo Hazan e Menon discutiram a situação de Pablo e do problema que ele se tornou para o clube.


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"É a maior negociação da história do São Paulo [7 milhões de euros] e ficou pior ainda no ano passado, quando ele continuou sendo escalado mesmo jogando mal. Atingiu uma meta e prorrogou seu contrato por mais um ano. O Pablo não aceitou ir para o Ceará e para o Santos porque quer ter os direitos federativos com ele de novo. Quer ficar livre no mercado para ir de graça para qualquer time", opinou Menon.

O impasse continua, agora com o Athletico, clube pelo qual Pablo se destacou e de onde foi contratado pelo São Paulo no fim de 2018, interessado em contar com o atacante. "Ceará e Santos tentaram, houve um acordo centre os clubes, mas não houve ok do Pablo. Isso incomodou a diretoria do São Paulo, que quer acertar o futuro dele. O Athletico também é um clube que se interessa pelo Pablo, mas o São Paulo não topa negociá-lo se não houver compensação financeira. O Tricolor também, gostaria de manter um aparte dos direitos econômicos", explicou Hazan.

Pablo estaria disposto a um acordo para rescindir seu contrato com o Tricolor: ele abriria mão dos salários que receberia nos dois anos que ainda tem de contrato, mas exige o pagamento da dívida que o São Paulo tem com ele. Assim, ficaria livre para acertar com qualquer equipe, sem que o clube do Morumbi receba qualquer centavo pela transferência.

Menon alertou para o risco de o Tricolor sofrer outro duro baque caso essa proposta avance. "O São Paulo deveria ter uma disponibilidade financeira para pagar o que está devendo. Quando for negociar com o jogador, ele não terá mais essa carta na manga. Não se pode abrir mão por nada. O acordo com o São Paulo deveria ser assim. O clube vai perder muito dinheiro de novo. Vai continuar devendo. É muito grave", lamentou o colunista do UOL.

A cúpula são-paulina se sente desconfortável com os rumos da situação de Pablo, mas sente muitas dificuldades para encontrar uma solução, como disse Hazan. "A situação do Pablo vem se arrastando nos últimos dias. Nos bastidores, o São Paulo demonstra um certo incômodo pela falta de definição. Desde o fim de 2021, já se sabe que tanto Pablo como Vitor Bueno não estão nos planos do São Paulo. Não é um desejo da comissão e do departamento de futebol usá-los e não os enxergam no planejamento. O clube vem tentando negociar o Pablo desde então", disse



Menon se mostrou inconformado com a possibilidade de o São Paulo perder Pablo de graça após o investimento pesado feito na contratação do jogador. "O Athletico recebeu 6 milhões de euros e, depois, mais um milhão de euros. O Pablo quer o seguinte: que o São Paulo pague o que lhe deve, o que é muito justo, para ele sair do clube com os direitos federativos na mão e ir para o Athletico de graça. Ou seja: o Furacão ganhou 7 milhões de euros há três anos e agora vai receber o jogador de graça. O São Paulo vai levar o maior chapéu da história. É absurdo", concluiu.

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