Os três conselheiros que hoje integram a gestão do São Paulo votaram em peso a favor das propostas de reforma do estatuto do clube. O UOL Esporte teve acesso a lista de como votou cada um dos membros do conselho deliberativo do clube nas 24 propostas - 14 foram aprovadas e agora vão para o escrutínio dos associados.

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Participaram da votação com cargos na atual gestão o presidente Julio Casares, o diretor de futebol Carlos Belmonte e o diretor geral do clube social Antonio Donizeti Gonçalves. O único a não votar "sim" para todas as propostas foi Casares. Ele se absteve no item que propunha mudanças no conselho administrativo do clube.
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O UOL Esporte procurou o São Paulo para saber se os membros da diretoria gostariam de se manifestar sobre seus votos, mas o clube informou que eles não falariam a respeito.
Dentre as 24 propostas apresentadas ao conselho, algumas se destacaram. Uma delas era a volta da reeleição, que permitira que Julio Casares tentasse mais um mandato de três anos ao fim de 2023. Ela foi aprovada com 146 votos dos conselheiros, que ainda somaram 83 contra e duas abstenções. Era necessária maioria simples (128 votos) para que cada uma das medidas passasse. O conselho deliberativo do São Paulo conta, atualmente, com 254 membros - seis vagas estão em aberto.
No que foi considerada uma vitória pela oposição, os conselheiros rejeitaram a proposta que diminuiria o número de membros do órgão. As atuais 260 vagas (160 vitalícias e 100 eleitas) passariam a ser 200 (120 vitalícias e 80 eleitas). Além disso, a proposta mantinha a exigência de 55 assinaturas de conselheiros vitalícios para a criação de uma chapa para concorrer nas eleições. A mudança era vista pela oposição como um dificultador de chapas contrárias à atual gestão.
O conselho aprovou também o aumento do mandato de seus membros. Os atuais três anos passariam para seis agora, caso aprovados pelos associados. A medida recebeu 132 votos favoráveis, diante de 83 contrários e 16 abstenções.
Por fim, o conselho aprovou também a proposta que libera membros do conselho deliberativo a exercer funções que não sejam remuneradas no clube sem a necessidade de se licenciar do órgão. A medida impacta, por exemplo, o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte. Ele é conselheiro eleito e exerce a função sem remuneração. O cargo de diretor executivo de futebol é ocupado por Rui Costa.

As 14 medidas que avançaram agora vão para a decisão dos associados. Uma assembleia será organizada em até 30 dias. As medidas que forem aprovadas pelos sócios passarão a valer no estatuto do clube.
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