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Éder lamenta poucas chances no ano e reafirma desejo de seguir no São Paulo

Imagem: Getty Images

Éder deixa a temporada de 2021 com a sensação de que poderia ter aproveitado mais seu retorno ao Brasil. Uma lesão muscular persistente impediu que ele tivesse sequência quando era visto como titular do São Paulo. O experiente atacante ficou um mês no departamento médico e, na volta, viu que o status havia mudado no elenco.



Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o atacante afirmou ter errado em jogar com dores, o que, segundo ele, contribuiu para o agravamento da lesão muscular, mas atribuiu a decisões técnicas a razão de ter atuado em apenas 29 jogos na temporada. Sobre o futuro, reiterou sua vontade de continuar no São Paulo para a próxima temporada.

"Quero ficar"
A menos que a diretoria decida outra coisa, Éder pretende entrar de férias pensando em continuar no São Paulo na próxima temporada. O atacante tem contrato com a equipe do Morumbi até o dia 31 de dezembro de 2022.

"Eu tenho contrato aqui, então, ao menos que a diretoria me chame para dizer que não me quer, eu tenho que ficar e fazer o meu trabalho sempre da melhor maneira possível. Eu quero acabar agora o ano e eu projetar o futuro aqui. Eu tenho contrato até dezembro do ano que vem", afirmou.

As especulações sobre uma possível saída de Éder vêm desde setembro. Na ocasião, ele chegou a se reunir com a diretoria para falar sobre o futuro. Ele afirma que uma possível rescisão não foi colocada em pauta naquele momento.

"Eu não queria ser um peso para o São Paulo, porque a última coisa que me fez vir para cá foi dinheiro. Queria escutar deles o que a gente poderia construir para o futuro. O Muricy [coordenador de futebol] e o presidente [Júlio Casares] me falaram que sou participativo, que o grupo gostava de mim", explica.

Éder lamenta que as lesões tenham sido uma marca na temporada. O atacante acredita que a pré-temporada possa fazer com que ele reconquiste espaço no São Paulo e tenha um 2022 melhor do que foi 2021.

"Infelizmente não consegui dar o que a torcida esperava do Éder, e isso me deixa triste. Mas tenho contrato aqui, vamos esperar acabar o ano para ver se a diretoria me chama. Vamos esperar para ver o que vai acontecer. A minha ideia é de fazer uma pré-temporada boa, que é importante para o ano inteiro, e depois vamos decidir todos juntos. Casamento tem que ser em dois, os dois têm que estar contente".

Três vezes a mesma lesão

O primeiro problema físico de Éder na temporada surgiu na vitória por 3 a 0 do São Paulo sobre o Sporting Cristal, pela primeira rodada da fase de grupos da Libertadores. As dores na coxa tiraram o atacante dos gramados por quatro rodadas. Assim que voltou, no duelo contra o Racing, também pela chave da competição continental, sentiu mais uma vez.

"Acho que foi a chave do meu ano essa lesão. Me atrapalhou. Fui querer jogar em cima de lesão, porque não estava bem e depois de 10 dias tive a recaída. Eu joguei o tempo todo com dor. Depois a gente começou mal o Brasileiro, eu fui lá querer jogar contra o Inter, depois joguei o jogo em casa contra o Racing e foi quando estourou tudo e falei que ia ter que parar e me cuidar bem", analisa Éder.

Os jogos citados pelo atacante compõem a terceira etapa de seu problema médico. Éder vinha de 11 partidas em sequência e começava a ganhar status de titular em um São Paulo que sofria com o baixo número de gols depois da conquista do Paulistão.

O duelo contra o Inter, em 7 de julho, marcou a primeira vitória do São Paulo nas 10 primeiras rodadas do Brasileirão. Éder deu assistência para o gol de Rigoni e deixou a partida no intervalo com dores na mesma coxa. Ele foi poupado contra o Bahia no fim de semana e escalado como titular diante do Racing, na terça-feira seguinte. Aguentou 28 minutos e ficou um mês afastado para tratar o problema.

A trinca de lesões resultou em uma baixa considerável de Éder na temporada. Ele perdeu 22 jogos dos 70 feitos pelo São Paulo na temporada. Ao longo do ano, o atacante jogou 90 minutos de apenas duas partidas: as derrotas para o 4 de Julho, pela Copa do Brasil, e para o Red Bull Bragantino, pelo Brasileirão.

"O não ter ajudado é o que me deixa um pouco triste. Mas quero treinar bem para já pensar no futuro. Futebol cada ano tem a sua história".

O bonde passou
Se antes da lesão Éder era visto como um forte postulante ao time titular, na volta isso já tinha mudado. Nos dois meses seguinte, enquanto Hernán Crespo era o treinador da equipe, o atacante entrou em campo apenas outras quatro vezes, sendo duas começando desde o início. O período ainda contou com outros oito jogos em que Éder foi relacionado, mas não saiu do banco de reservas.

"Nesse período eu estive sempre bem fisicamente, sempre treinando. Mas foi uma opção técnica, ele escolhia outros companheiros. Mas eu nunca fiz polêmica. Tinha respeito por ele e pelos meus companheiros que eram escolhidos. Não tinha essa história de que o Eder estava mal fisicamente ou não. Foi acho que exclusivamente uma escolha técnica e eu sempre respeitei", explica.

Éder termina a temporada com 1119 minutos jogados, nas 29 partidas que esteve em campo. Ele foi apenas o 23º atleta do São Paulo com mais tempo de jogo - Tiago Volpi lidera com 5760. Os números, no entanto, melhoram no quesito de minutos para marcar: foram 224 minutos para cada um dos gols cinco marcados, atrás apenas dos concorrentes Pablo e Calleri, ambos com 175 minutos para cada gol. Em números absolutos, Éder termina como o sétimo artilheiro do time na temporada - Pablo é o líder com 13 gols.

O atacante acredita que com uma sequência maior, poderia ter tido números melhores na temporada. Ele foi aproveitado por Rogério Ceni em cinco partidas, mas nenhuma como titular.



"Não coloco a culpa em ninguém, a culpa foi minha porque tive a lesão e perdi o timing. O que quero dizer é que de agosto até hoje eu estava 100%. Sempre fui pela parte do grupo, nunca fiz polêmicas, sempre treinei ao máximo. Isso acho que todos lá dentro viram e acho que foi assim o meu ano. Willian [Corinthians], Douglas Costa, Hulk [ambos do Atlético-MG] também tiveram esse tipo de lesão de estar voltando ao Brasil, mas eles tiveram a oportunidade de ter sequência. Eu tive no Brasileiro 600 minutos jogados. O único jogo que joguei 90 minutos no Brasileiro foi contra o Bragantino. O resto foi 10 aqui, 20 lá. Você volta de lesão e entra 10 minutos aqui, 20 lá. É muito difícil você conseguir essa recuperação", completou.

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