O São Paulo tem até o dia 15 de dezembro para informar ao Independiente, da Argentina, se pretende adquirir os direitos econômicos do meia Martín Benítez. O valor, estipulado em contrato, é de US$ 3 milhões (cerca de R$ 16,7 milhões). A hipótese é considerada cada dia – e jogo – menos provável no Morumbi.
O clube, porém, admite que negocia com os argentinos a possibilidade de ampliar o atual acordo de empréstimo, que termina no fim de dezembro. Esse parece ser o único investimento que a diretoria considera fazer no jogador, de temporada bastante irregular.
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Na última quarta-feira, após empate contra o Athletico-PR, no Morumbi, o técnico Rogério Ceni afirmou que Benítez tem dificuldades de se encaixar no sistema de jogo da equipe, que demanda ajuda na marcação no meio de campo:
– Plano: 4-4-2, duas linhas de quatro com dois homens de frente. Não posso botar ele de volante, tenho dois caras de intensidade por dentro. Na frente, Rigoni e Calleri, ou Rigoni e Luciano. Não posso ter o Benítez do lado, eu vou matar ele de correr, não vai produzir. Dentro de um sistema, tenho que aproveitar o que tenho de melhor.
O discurso do treinador torna ainda mais incerta a permanência do jogador no time em 2022, ainda mais no cenário, também descrito por Ceni, de dificuldades financeiras previstas para a próxima temporada.
Os problemas de Benítez são de antes da chegada de Ceni. Já com o técnico anterior, Hernán Crespo, cuja comissão técnica avalizou a contratação do meia, Benítez já não tinha muito espaço.
Os problemas físicos foram usados como justificativa para que ele deixasse o time reserva e fosse utilizado, muitas vezes, apenas nos momentos finais dos jogos.
Por isso, mesmo tendo participado de 39 jogos, tem menos minutos em campo (1.717) do que muitos jogadores do elenco – o lateral-esquerdo Wellington, por exemplo, jogou 29 partidas e acumulou 1.953 minutos.
Com Ceni, foi titular nos dois primeiros jogos e depois deixou o time. Nesse período, o treinador utilizou jogadores como Vitor Bueno e Marquinhos para formar o meio de campo com Rodrigo Nestor (ou Liziero), Gabriel Sara e Igor Gomes.
No próximo sábado, ele deve estar mais uma vez no banco no jogo contra o Sport, no Morumbi, pela 36ª rodada do Brasileiro.
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