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As denúncias do Ministério Público do Estado de São Paulo contra o ex-presidente Carlos Miguel Aidar e outros membros da atual diretoria foram a gota d'água para a torcida, que rapidamente colocou a hashtag nos 'trending topics' do Twitter no Brasil.
Mas ainda na semana passada, torcedores são-paulinos reagiram a uma fala do presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, Olten Ayres de Abreu Jr em entrevista à Rádio Jovem Pan. Na ocasião, Olten comentou sobre uma separação entre as áreas social e o departamento de futebol do clube. Em um trecho, o dirigente comenta que não vê isso como tendência, pelo fato de ser um movimento propagado por pequenos grupos nas mídias sociais.
Resumindo, a ideia da #SeparaSãoPaulo é pedir a ruptura entre social e futebol para que o segundo setor tenha uma gestão profissionalizada no setor e que possa fazer intervenções no clube sem depender dos estatutos do clube social.
Conforme divulgou a UOL, O MP investiga três possíveis crimes: a contratação de Iago Maidana, que afetou os cofres do Tricolor, as comissões supostamente ilegais no contrato com a fornecedora de material esportivo e desvios de verbas com o escritório de advocacia de José Roberto Cortez.
Dirigentes da atual diretoria já estiveram em outras gestões, por exemplo, o atual presidente do clube, Julio Casares, que foi vice de comunicação de Carlos Miguel Aidar, além de muitos outros que continuam no poder do São Paulo.
Hoje, o Tricolor é governado pelo sistema presidencialista. De acordo com o estatuto, aprovado em assembleia geral em dezembro de 2016, o mandatário montou uma equipe de diretores executivos - assalariados, como numa S.A. - formada por profissionais que, em teoria, apresentem experiência no mercado. Há ainda os conselhos Deliberativo, de Administração, Consultivo e Fiscal.
Com o sistema de clube-empresa, o São Paulo permaneceria sendo sócio majoritário. Em um primeiro momento terá 100% das ações. Mesmo com a entrada de investidores, o Tricolor paulista, segundo o seu estatuto, será majoritário com pelo menos 51% das ações. O clube, assim como acontece atualmente, ainda seria gerido por um presidente.
O São Paulo já deu o primeiro passo
Em 2017, entrou em vigor o novo estatuto do São Paulo. O documento visava modernizar a gestão do clube, descentralizando o poder com a criação de um Conselho Administrativo, composto por nove integrantes, incluindo três independentes. Sendo assim, as decisões estratégicas, orçamentárias e o planejamento passaram a ser de colegiados, para que a instituição fosse eficiente, independentemente de quem ocupe a presidência.
Além disso, também estava previsto no estatuto um estudo, com duração de 12 meses, sobre a viabilidade do projeto de separação entre social e futebol. Entre 2017 e 2018 esse estudo foi realizado, contando inclusive com participação da Deloitte, uma das mais reconhecidas empresas de auditoria do mundo. Portanto, as estruturas criadas após a aprovação do novo estatuto viabilizam uma reforma política desse porte. O estudo foi, então, arquivado.
No ano seguinte, em 2018, o Conselho discutiu a criação de uma empresa que seria responsável por controlar a equipe profissional, as categorias de base, o estádio do Morumbi, patrocínios e outros setores ligadas ao futebol.
No plano, a empresa seria comandada pelo São Paulo Futebol Clube, dando lucros ao clube e assumindo prejuízos. O projeto não foi para frente, pois José Eduardo Mesquita Pimenta, ex-presidente do clube e responsável por analisar o caso, considerou que o projeto não teria condições de ser implementado.
Senadores derrubam vetos de Bolsonaro em lei que estimula o clube-empresa no futebol brasileiro
Em setembro, o Senado derrubou parcialmente vetos que haviam sido colocados pelo presidente Jair Bolsonaro a trechos da legislação que rege a Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Para que os vetos sejam mantidos ou derrubados em definitivo, haverá uma nova votação na Câmara dos Deputados. Decisões dessa natureza requerem a participação das duas Casas do Congresso brasileiro.
COMO É HOJE:
• Administração:
- Regime presidencialista
- Executivo de futebol
- Diretores executivos( administrativo, finaceiro, infraestrutura, estádio, jurídico, comuncação e marketing).
- Conselhos (deliberativos, adminstração, consultivo e fiscal)
- Diretoria social
• Finanças:
- Clube é responsável por todos os investimentos, receitas e gastos
• Sócio do Clube:
- Livre acesso ao clube social
• Morumbi:
- Gestão do clube
COMO FICA COM A SÃO PAULO S.A
• Administração:
- Presidente do clube
- Conselho de administração S.A
- CEO
- Diretores executivos (Financeiro, jurídico, marketing e futebol)
- Enfraquecimento do poder do conselho
- Possibilidade de investimento estrangeiro e de venda de ações no mercado financeiro
• Finanças:
- Dívidas, estádio e futebol ficam sob responsabilidade de investidores
• Sócio do Clube:
- Livre acesso ao clube social
• Morumbi:
- Gestão da S.A
Com as eleições se aproximando, os candidatos à presidência costumam estar muito ativos nas redes sociais. Sendo assim, a torcida do São Paulo pode auxiliar na reestruturação do clube fazendo pressão nos possíveis presidentes do Tricolor. De nada adianta xingar os jogadores, a comissão técnica ou até mesmo o presidente (que realmente faz uma péssima gestão) se o sistema não mudar. De 2012 pra cá, muitos atletas vieram e se foram, assim como técnicos e profissionais de outras áreas. O que não mudou foi o modelo de gestão.
Simplesmente Telê Santana. #SeparaSãoPaulo. || @OltenAyres temos 20 milhões de vozes, pouco a pouco os torcedores tomam consciência de tudo e se juntam ao "grupo não muito grande de pessoas". Jamais duvide do tamanho e capacidade da nossa torcida! pic.twitter.com/j41tVKQClm
— SPFCVIVE ???? (@spfcvive) October 22, 2021
RAPAZIADA, 20H HJ LANÇA AÍ NO SEU TT PRA AJUDAR:
— Kevin Mendes - 20MV (@Kevinmendes) October 28, 2021
O #separasaopaulo é um grito por profissionalismo e mudança. Não somos "poucas pessoas" somos 20 milhões cansados de ver o São Paulo gerido por 260 incompetentes. #separasaopaulo é um grito de: DEVOLVAM O SÃO PAULO PARA SUA TORCIDA
Quem ama o São Paulo FUTEBOL Clube quer separação Futebol x social.
— Beto (@Beto_Morumbi) October 23, 2021
Quem ama política, cargos, carteirinhas e outras coisas não quer a separação.
É fácil saber o lado certo.#SeparaSãoPaulo
Passou da hora de se unir e todo jogo pedir #SeparaSaoPaulo o clube vai morrer. Todo fim de jogo. A organizada n tem essa moral, sobraria pros comuns, mas como fazer? Falta alguem pra encabeçar isso. Se não agir vamos continuar assim. Arquivaram processo na cara de TODO MUNDO!!!
— Paneleiro de Cotia (@duzin_01) October 27, 2021
São Paulo, Social, Clube, Empresa, Aidar, Separação, SPFC
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