"Onde não chegam as pernas, vão chegar o coração". Como esquecer da chegar de Hernan Crespo e sua equipe ao São Paulo no dia 12 de fevereiro deste ano? De terno e gravata, sorriso sereno, história de campeão como jogador, paixão e respeito pelo São Paulo no olhar e muita vontade de ser campeão, a diretoria apresentava o técnico como a promessa de um novo futuro. E assim foi sacramentado, três meses depois, no dia 23 de maio, Crespo erguia com o elenco tricolor a taça de campeão paulista.

A fatídica cena de Muricy Ramalho chorando e olhando para Crespo dizendo "Muito obrigado" ficou eternizada no coração do treinador a ponto de ser comentada por ele no filme produzido pela Brahma que contava a história do tricolor no título.

Crespo chegou ao São Paulo e se encaixou como luva, tomou parte da herança tática deixada pelo Dinizismo e implementou inteligência, variações e funcionalidade. Mas o principal ingrediente que somente Crespo poderia trazer naquele momento foi a paixão. Era daquilo que o São Paulo precisava para sair da fila, alguém que trouxesse o calor do amor.

Crespo unido a Muricy Ramalho, Hernanes ainda estava na época, o retorno de Miranda, a vontade dos meninos da base e a torcida que clamava por um título foi um conjunto que deu match e nos arrancou a emoção de competir novamente os campeonatos com gana de ser campeão, com gana de disputa, com ação.

A ele devemos nosso agradecimento. É indiscutível: ele está na nossa história. Ele fez com que os corações chegassem. Ele fez com que os corações sorrissem.

Obrigada, Crespo. Por toda a dedicação, por cada vitória, por toda paixão e por ser campeão!






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