Neste domingo (14), a Federação Paulista de Futebol (FPF) admitiu o erro da arbitragem da partida entre Novorizontino e São Paulo, ao não marcar um pênalti sofrido por Luciano no final da partida. No lance, nem a juíza de campo, Edina Alves Batista, e nem o VAR deram o pênalti. Com esse reconhecimento da FPF, o São Paulo já soma dois momentos em que foi prejudicado pelo árbitro de vídeo e as entidades responsáveis admitiram em menos de um ano.
A última vez que alguma entidade se posicionou sobre um erro capital num jogo do São Paulo, envolvendo o VAR, foi no dia 3 de setembro de 2020, pouco mais de seis meses atrás, quando o Tricolor teve um gol legal anulado pelo vídeo diante do Atlético Mineiro, numa partida do Brasileirão.
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O lance aconteceu na sétima rodada do Brasileirão, quando o Galo recebeu o Tricolor no Mineirão. O jogo terminou em vitória de 3 a 0 dos donos da casa, mas o lance polêmico aconteceu quando o jogo ainda estava empatado sem gols e o São Paulo dominava a partida.
Aos 29 minutos, Tchê Tchê pegou a bola no lado direito do ataque, após o Tricolor tomar a posse ao pressionar a saída de bola do Galo, e levantou na área para um leve desvio de Luciano, tirando a bola do goleiro Rafael. O gol abriria o placar e coroaria a dominância do São Paulo na partida.
O bandeirinha, porém, assinalou o impedimento, deixando ao árbitro de vídeo a correção do lance. Na leitura do VAR, o gol foi irregular e a decisão de campo foi mantida. Ao ver a imagem porém, é possível perceber que Luciano e Júnior Alonso estavam, na verdade, na mesma linha.
Dessa forma, pouco mais de um mês depois, no dia 14 de outubro, Leonardo Gaciba, chefe do Conselho de Arbitragem da CBF, admitiu a falha do árbitro de vídeo no gol de Luciano. De acordo com ele, a linha de impedimento foi colocada de maneira equivocada e o gol deveria ter sido validado.
- Fizemos uma análise do lance e a linha não é realmente colocada (corretamente). Não adianta lutar contra a imagem, claramente a linha não está colocada de forma padrão - afirmou Gaciba, em entrevista ao SporTV.
Segundo o ex-árbitro, foi um erro humano e não da tecnologia, sendo 'um equívoco humano na colocação da linha de impedimento'.
Pênalti não dado contra o Novorizontino
O segundo erro do VAR contra o São Paulo admitido pela entidade responsável pelo campeonato aconteceu no último sábado (13), na derrota do Tricolor por 2 a 1 diante do Novorizontino, na quarta rodada do Paulistão.
Nos lances finais do jogo, quando o placar já estava 2 a 1 para os donos da casa, Luciano foi derrubado na área após trombar com o goleiro Giovanni. A árbitra Edina Alves Batista não apontou o pênalti, gerando revolta dos jogadores. O VAR manteve a opinião tomada em campo e o pênalti não foi dado.
No replay, porém, é evidente que, ao não conseguir ficar com a bola, o goleiro do Tigre deixa de visá-la e atinge somente o camisa 11 do São Paulo. Mais uma vez Luciano no olho do furacão em uma polêmica envolvendo o VAR.
No dia seguinte ao jogo, a Federação Paulista de Futebol divulgou uma nota reconhecendo o erro e afirmando que os envolvidos passarão por treinamentos rigorosos. No mesmo dia, o São Paulo enviou uma carta assinada pelo presidente do clube, Julio Casares, à FPF, reclamando de erros de arbitragem no começo da competição.
Já é a segunda vez, em praticamente meio ano, que o VAR erra lances escandalosos contra o São Paulo e as entidades responsáveis se pronunciam sobre, reconhecendo o erro. Entretanto, mesmo com o reconhecimento do erro, o estrago já foi feito.
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