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Tricolor e Verdão:experimentam clima de decisão às portas da semifinal

As semifinais do Campeonato Paulista só começarão em meados de abril, mas o clima de decisão já está presente no clássico entre São Paulo e Palmeiras, neste sábado, às 16h10 (de Brasília), no estádio do Morumbi. O encontro entre os rivais pode ser encarado como uma prévia das disputas que acontecerão nas fases derradeiras do Estadual.

Apesar de o Verdão já estar classificado, ainda há a meta de Wanderley Luxemburgo de conquistar a primeira colocação de forma antecipada. Uma vitória sobre o arquirrival basta para que o objetivo alviverde seja alcançado neste sábado, independente dos concorrentes diretos.

"Já temos o direito adquirido de disputar as semifinais, mas temos o objetivo de ganhar a vaga com o primeiro lugar. Além de tudo, sempre tem uma rivalidade, não dá para relaxar em um jogo desses. O clássico tem muita importância", afirmou o treinador palmeirense.

Já o São Paulo necessita do triunfo em casa para ter a chance de assegurar matematicamente a vaga, desde que conte também com tropeços de Portuguesa, Santos e Santo André na rodada. "Nosso pensamento é de classificar o mais rápido possível. Vamos respeitar demais o Palmeiras, mas eles já estão classificados e nós, não. Por isso, no Morumbi, temos de atacar para conseguir os pontos necessários", afirmou o zagueiro André Dias.
O técnico Muricy Ramalho, por sua vez, exalta a importância da partida por ser a única contra o rival nesta primeira fase do campeonato. "Em clássico, todo mundo quer ganhar. Como não é mata-mata, não existe essa coisa de segundo jogo e, por isso, é um clássico em que todos têm de vencer", analisou.

O encontro entre os rivais colocará em jogo um longo tabu no estádio do Morumbi. O Palmeiras não vence o Tricolor no local desde 20 de março de 2002, quando o meia Alex comandou o Verdão na vitória por 4 a 2 ao marcar um golaço em que deu chapéu no zagueiro Émerson e no goleiro Rogério Ceni. Depois da vitória alviverde naquele jogo do Torneio Rio-São Paulo, o Tricolor não permitiu mais que o rival festejasse em sua casa.

De lá para cá, foram disputados 13 Choques-Rei no Morumbi, e o time da casa venceu nove vezes, acumulando ainda quatro empates. Quem não gosta de lembrar daquela partida é o goleiro do Tricolor, Rogério Ceni.

"Não sei se foi o mais bonito que já levei, pois já sofri muitos gols, até por ter disputado muitas partidas. Mas foi um dos gols mais bonitos que já vi. O Alex é um jogador diferenciado e saiu do previsível", recordou o capitão, que falou na sequência sobre o período que o Tricolor vem conseguindo manter sem derrotas em casa depois do jogo de 2002. "Não existe isso de tabu, porque 90% dos jogadores que estão hoje não faziam parte dos times sete anos atrás. Não ligo para essas coisas".

Já o técnico Wanderley Luxemburgo, que estava no comando palmeirense na última vitória do clube sobre o rival no Morumbi, faz questão de lembrar que o São Paulo tem a vantagem natural de ser o mandante quando atua no estádio.

"O Morumbi é a casa do São Paulo, como o Palestra é a do Palmeiras. Quando você chega lá, o vestiário é do São Paulo, o corredor é do São Paulo, você é recebido por dirigentes do São Paulo... No ano passado, fui recebido pelo dirigente (Edison Zago) que me denunciou no Tribunal de Justiça Desportiva. Eu não quis nem conversa", afirmou o treinador, citando o dirigente são-paulino que também acumula o cargo de procurador do TJD-SP.

Disputa por taça: As diretorias de Palmeiras e Corinthians criaram um troféu quando se enfrentaram neste Paulistão para dar ainda mais importância ao duelo. Na tarde deste sábado, o Choque-Rei praticamente também valerá uma taça e não foi preciso um acordo das diretorias para que a premiação fosse criada. Atual detentor da Taça dos Invictos, uma iniciativa do Jornal A Gazeta Esportiva, o Tricolor terá sua marca alcançada se não conseguir derrubar a invencibilidade atual do time de Wanderley Luxemburgo.

O São Paulo é o atual dono do troféu porque acumulou a série de 20 partidas sem tropeços em jogos do Paulistão entre as edições de 2006 e 2007. O Verdão, por sua vez, ostenta neste momento a sequência invicta de 19 jogos em Estaduais. Se pelo menos empatar neste sábado, o Verdão igualará a marca do rival, mas Wanderley Luxemburgo não usa o número como um incentivo a mais aos seus jogadores.
"Clássico sempre tem estímulo, não há detalhe maior", afirmou o comandante, que ainda avisou. "Nós não programamos ser campeões invictos, mas pode acontecer. Se passarmos da semi sem perder, vira obrigação não perder para ganhar o título. Mas estamos preocupados com o campeonato como um todo". Para conquistar a taça especial, o Verdão precisa ultrapassar a marca do rival, ou seja, segurar a invencibilidade até a rodada seguinte, contra o Oeste.

O zagueiro André Dias, por sua vez, explicou que a meta do Tricolor é vencer o rival em função da classificação do Paulistão, e não para evitar que o Palmeiras iguale a marca invicta. "Eu não sabia disso. Nossa motivação é por se tratar de clássico e pelos pontos que precisamos", afirmou.

Duelo de segredos: Como não poderia ser diferente, Muricy Ramalho e Wanderley Luxemburgo travam um duelo à parte no clássico deste sábado. Com desfalques e dúvidas, os dois treinadores usam o mesmo artifício para tentar surpreender o rival: o mistério.

No Palmeiras, os principais desfalques estão na defesa: o lateral-direito Fabinho Capixaba e o zagueiro Edmilson estão entregues ao departamento médico, o lateral-esquerdo Armero foi liberado para a seleção colombiana e o meia Diego Souza cumpre suspensão.

Em compensação, Luxemburgo recebe as voltas do zagueiro Danilo e do volante Pierre, poupados na vitória sobre o Bragantino. Com tantas mudanças, o esquema e a escalação serão divulgados apenas momentos antes de a bola rolar.

"Tudo o que ele pode fazer eu sei. Tudo o que eu posso fazer ele sabe", admitiu Luxemburgo, que, no entanto, manteve o segredo sobre a escalação. "Está todo mundo à disposição, são 22 concentrados".

Já no São Paulo, Muricy faz mistério no sistema tático e também na linha de frente. Na rodada passada, o treinador foi obrigado a escalar o São Paulo no 4-4-2, já que tinha dois desfalques importantes na zaga. Renato Silva cumpriu suspensão automática, enquanto Miranda foi integrado à seleção brasileira.

No clássico, o treinador volta a contar com Renato Silva, mas ainda não confirma se o atleta ganhará novamente o lugar ao lado de Rodrigo e André Dias. Existe a possibilidade de o zagueiro ficar no banco para que Arouca permaneça no meio-campo, no esquema 4-4-2. "Não vou contar nada", despistou o técnico.

Na frente, Borges é a principal dúvida do Tricolor. Com dores no joelho esquerdo, o atacante faz tratamento intensivo, mas só terá uma resposta dos médicos momentos antes da partida. O atacante segue concentrado com o time e, se não puder atuar, será substituído por Dagoberto. Muricy, porém, só divulgará o time nos vestiários do Morumbi, quando Luxemburgo também desvendará seu segredo.


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