- A gente lamenta profundamente e ao mesmo tempo a gente também se preocupa que apareça uma maior quantidade de ações desse tipo, porque ela é simplesmente descabida dentro do nosso ambiente do futebol. E talvez um ou outro juiz que analise isso friamente, sem entender a complexidade e a diferença do futebol, possa dar decisões como essa - disse Pássaro, em entrevista ao LANCE!.
O São Paulo ainda pode e vai recorrer da condenação, que inicialmente ficou em R$ 200 mil. Depois que o assunto veio à tona e gerou revolta entre torcedores nas redes sociais, o jogador manifestou-se pedindo "menos mimimi" e teve apoio de diversos atletas nos comentários da publicação.
Essa ação já existe há um tempo. O que foi julgado agora foi o recurso dela, e o São Paulo lamenta uma ação cobrando esse tipo de coisa. A gente não pode falar muito da ação do Maicon, porque ela está em segredo de Justiça, mas como ele já falou a gente fica um pouquinho mais à vontade. Não há, na ação dele, qualquer pedido de valores atrasados, seja de salários ou de imagem. O que tem na ação é um pedido de diferença de direito de arena, que ele não ganhou, de horas extras, que ele não ganhou, de adicional noturno, que ele ganhou, ou seja, ele vai ganhar um adicional pelos dias que trabalhou depois das 22h, e de descanso semanal remunerado, ou seja, precisa ganhar em dobro nos feriados que ele trabalhou, seguindo a regra comum - emendou Pássaro, lembrando que Maicon entrou com o processo em 2016.
- O que mais nos surpreende é que esses jogadores só ganham três dígitos de salário porque a televisão paga altos valores pelos direitos de transmissão, inclusive eles têm 5% disso pelo direito de arena. Então entrar pedindo um adicional noturno além disso, para a gente que sabe que no mundo inteiro o futebol é disputado também à noite e também em feriados, surpreende. A gente espera que isso não vire comum, porque ao passo que o São Paulo foi processado pelo Maicon talvez o Grêmio também seja, porque no Grêmio ele continua jogando à noite e continua jogando aos feriados. Então criaria um passivo e uma imagem não muito boa para os clubes que querem contratar jogadores com esse histórico de ações - concluiu o gerente são-paulino.
Não é mesmo um processo comum. O único caso semelhante de que se tem notícia é o do ex-zagueiro Paulo André, que processou o Corinthians pelo mesma razão e motivou o presidente Andrés Sanchez a enviar uma carta a CBF, FPF e TV Globo pedindo que não sejam agendados jogos do clube à noite ou aos domingos. O São Paulo não deve repetir a atitude, embora a tenha visto com bons olhos. Nos bastidores, os clubes estão confiantes na possibilidade de reverterem as decisões que lhes foram desfavoráveis em instâncias superiores.
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