(Foto: Conteúdo/UolEsportes)
Por: Igor Souza
Campeão da Taça Libertadores no ano de 2005, o São Paulo partiu para o Japão em busca do tri campeonato mundial interclubes. A missão não seria fácil, de fato, mas algo dentro de nossos corações fazia transcender o amor e a confiança pelo clube e pelo time do São Paulo Futebol Clube.
O São Paulo embarcou no Aeroporto de Guarulhos as 20h45 no horário de Brasília, do dia 05 de dezembro de 2005 e chegou em Tóquio, capital do Japão, apenas no dia 07. A estreia do Tricolor estava marcada para o dia 14 de dezembro, contra o vencedor do duelo entre: Al Ahly, do Egito, e Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Vitória do favorito no duelo, o Al-Ittihad venceu pelo placar mínimo de 1-0 e foi o adversário do São Paulo na semifinal do torneio.
Time cascudo, o São Paulo comandado pelo técnico Paulo Autuori sabia das dificuldades que o São Paulo iria enfrentar já no primeiro jogo e escalou o time da forma como vinha jogando nos últimos jogos do Campeonato Brasileiro daquele ano:
Rogério Ceni; Lugano, Fabão e Edcarlos; Cicinho, Júnior, Mineiro, Josué e Danilo; Amoroso e Aloisio.
Relembre os melhores momentos da vitória do Tricolor
Jogo duro, Al-Ittihad não foi presa fácil para o São Paulo naquela “manhã”. Com gols de 2x Amoroso e 1 um gol de pênalti do M1TO, o São Paulo vencia o time Saudita e estava classificado para a grande final do Mundial em 2005, contra a máquina Liverpool.
O Liverpool, naquela época campeão europeu depois de uma final magnifica em Istambul, contra o Milan, no épico empate em 3x3 após sair perdendo por 3x0, chegava como o grande bicho papão do mundial e mostrou isso no jogo contra o Deportivo Saprissa, da Costa Rica, vencendo facilmente por 3x0 e chegando há 11 jogos sem saber o que era levar um gol.
18 de dezembro de 2005, o grande dia chegou. São Paulo e Liverpool iriam duelar forças valendo o título mundial de clubes daquele ano, o Brasil parou, a torcida do São Paulo madrugou e de alguma forma estavam junto com o clube, ali, dentro de campo; em cada passe, em cada chute, em cada pique do Cicinho na lateral. O time escalado pelo técnico Paulo Autuori era o mesmo da semi-final: Rogério Ceni; Lugano, Fabão e Edcarlos; Cicinho, Júnior, Mineiro, Josué e Danilo; Amoroso e Aloisio.
Relembre o M1T0 conversando com os atletas no vestiário, antes da partida
O jogo começa. O bicho papão do mundial se assusta ao ver um São Paulo com ímpeto, menos técnico é verdade, mas que não deixava de acreditar em cada lance, em cada bola, não tinha jogada perdida. O São Paulo entrou naquele jogo, sabendo que era uma chance de ouro, sabendo que era possível, sabendo que jogava não só por eles e pela família, mas por cada torcedor.
“Caiu a invencibilidade do Liverpool”, afirmava Galvão Bueno, no dia 18 de dezembro de 2005, em Yokohama-Japão, após o baixinho mineiro aparecer como um elemento surpresa e marcar o gol do título contra o Liverpool, time inglês que não sabia o que era levar gols há mais de 1.000 minutos (11 jogos).
Relembre o gol do Mineiro na final
Naquele instante o São Paulo tinha concepção da importância de fazer um jogo defensivamente sólido e sabia das dificuldades que iria encontrar dentro da partida, o Liverpool foi pra cima, com ímpeto, o bicho papão queria vencer aquela partida a qualquer custo, mas parou em um cara que além de ser um grande ídolo e um grande homem, era um grande goleiro: Rogerio Ceni.
Relembre os melhores momento e as defesas do goleiro naquela decisão em Yokohama
O arbitro da partida, Benito Archundia, o São Paulo sagrava-se campeão do mundo no ano de 2005. Um time com competência e sorte de campeão naquela final. Bola no travessão do M1T0, um goleiro como homem do jogo, 3 gols do adversário sendo bem anulados pela arbitragem e um herói improvável. O São Paulo conquistava o mundo e fazia o coração de cada torcedor bater descontroladamente em todos os lugares, regiões e moradias espalhadas pelo planeta.
Quando o capitão, Rogério Ceni, ergue a taça, a sensação é a mesma até hoje: ORGULHO. Um time que lutou com as ferramentas que tinha, que fez o coração de cada são paulino pulsar incessantemente durante 90 minutos. O São Paulo não ganhava apenas mais um título, marcava o nome na história: o único clube brasileiro que venceu 3 vezes o Mundial de Clubes. Aquele momento jamais será esquecido, aquele dia jamais será esquecido – eu com 8 anos de idade sai correndo como se fosse a primeira vez que tinha comemorado um gol na vida, mas entendi que não era o primeiro, era o mais importante – o São Paulo bateu no “bicho papão Liverpool.
O clube retornou ao Brasil na terça-feira, dois dias depois do título, e contou com uma recepção calorosa da torcida no Aeroporto de Guarulhos, dois trios elétricos estavam à disposição do elenco. No primeiro foi designado para imprensa e fotógrafos. No segundo, só os jogadores, que foram ovacionados pela massa. Uma "multidão incalculável". Foi assim que a Polícia Militar classificou a festa da torcida do São Paulo na chegada do Tricolor ao Brasil em 2005.
Fotos: Arquivo Lance!
E pela terceira vez na história, o mundo do futebol estava pintado com as cores vermelho, preto e branco. Um sentimento sem explicação, que cada um de nós sabemos o quão especial foi. Independente de qualquer linha que eu escreva não será o suficiente para expressar. O São Paulo Futebol Clube proporcionava uma das maiores alegrias de nossas vidas.
São Paulo, Tricolor, Liverpool, Mundial
Por: Igor Souza
Campeão da Taça Libertadores no ano de 2005, o São Paulo partiu para o Japão em busca do tri campeonato mundial interclubes. A missão não seria fácil, de fato, mas algo dentro de nossos corações fazia transcender o amor e a confiança pelo clube e pelo time do São Paulo Futebol Clube.
O São Paulo embarcou no Aeroporto de Guarulhos as 20h45 no horário de Brasília, do dia 05 de dezembro de 2005 e chegou em Tóquio, capital do Japão, apenas no dia 07. A estreia do Tricolor estava marcada para o dia 14 de dezembro, contra o vencedor do duelo entre: Al Ahly, do Egito, e Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Vitória do favorito no duelo, o Al-Ittihad venceu pelo placar mínimo de 1-0 e foi o adversário do São Paulo na semifinal do torneio.
Time cascudo, o São Paulo comandado pelo técnico Paulo Autuori sabia das dificuldades que o São Paulo iria enfrentar já no primeiro jogo e escalou o time da forma como vinha jogando nos últimos jogos do Campeonato Brasileiro daquele ano:
Rogério Ceni; Lugano, Fabão e Edcarlos; Cicinho, Júnior, Mineiro, Josué e Danilo; Amoroso e Aloisio.
Relembre os melhores momentos da vitória do Tricolor
Jogo duro, Al-Ittihad não foi presa fácil para o São Paulo naquela “manhã”. Com gols de 2x Amoroso e 1 um gol de pênalti do M1TO, o São Paulo vencia o time Saudita e estava classificado para a grande final do Mundial em 2005, contra a máquina Liverpool.
O Liverpool, naquela época campeão europeu depois de uma final magnifica em Istambul, contra o Milan, no épico empate em 3x3 após sair perdendo por 3x0, chegava como o grande bicho papão do mundial e mostrou isso no jogo contra o Deportivo Saprissa, da Costa Rica, vencendo facilmente por 3x0 e chegando há 11 jogos sem saber o que era levar um gol.
18 de dezembro de 2005, o grande dia chegou. São Paulo e Liverpool iriam duelar forças valendo o título mundial de clubes daquele ano, o Brasil parou, a torcida do São Paulo madrugou e de alguma forma estavam junto com o clube, ali, dentro de campo; em cada passe, em cada chute, em cada pique do Cicinho na lateral. O time escalado pelo técnico Paulo Autuori era o mesmo da semi-final: Rogério Ceni; Lugano, Fabão e Edcarlos; Cicinho, Júnior, Mineiro, Josué e Danilo; Amoroso e Aloisio.
Relembre o M1T0 conversando com os atletas no vestiário, antes da partida
O jogo começa. O bicho papão do mundial se assusta ao ver um São Paulo com ímpeto, menos técnico é verdade, mas que não deixava de acreditar em cada lance, em cada bola, não tinha jogada perdida. O São Paulo entrou naquele jogo, sabendo que era uma chance de ouro, sabendo que era possível, sabendo que jogava não só por eles e pela família, mas por cada torcedor.
“Caiu a invencibilidade do Liverpool”, afirmava Galvão Bueno, no dia 18 de dezembro de 2005, em Yokohama-Japão, após o baixinho mineiro aparecer como um elemento surpresa e marcar o gol do título contra o Liverpool, time inglês que não sabia o que era levar gols há mais de 1.000 minutos (11 jogos).
Relembre o gol do Mineiro na final
Naquele instante o São Paulo tinha concepção da importância de fazer um jogo defensivamente sólido e sabia das dificuldades que iria encontrar dentro da partida, o Liverpool foi pra cima, com ímpeto, o bicho papão queria vencer aquela partida a qualquer custo, mas parou em um cara que além de ser um grande ídolo e um grande homem, era um grande goleiro: Rogerio Ceni.
Relembre os melhores momento e as defesas do goleiro naquela decisão em Yokohama
O arbitro da partida, Benito Archundia, o São Paulo sagrava-se campeão do mundo no ano de 2005. Um time com competência e sorte de campeão naquela final. Bola no travessão do M1T0, um goleiro como homem do jogo, 3 gols do adversário sendo bem anulados pela arbitragem e um herói improvável. O São Paulo conquistava o mundo e fazia o coração de cada torcedor bater descontroladamente em todos os lugares, regiões e moradias espalhadas pelo planeta.
Quando o capitão, Rogério Ceni, ergue a taça, a sensação é a mesma até hoje: ORGULHO. Um time que lutou com as ferramentas que tinha, que fez o coração de cada são paulino pulsar incessantemente durante 90 minutos. O São Paulo não ganhava apenas mais um título, marcava o nome na história: o único clube brasileiro que venceu 3 vezes o Mundial de Clubes. Aquele momento jamais será esquecido, aquele dia jamais será esquecido – eu com 8 anos de idade sai correndo como se fosse a primeira vez que tinha comemorado um gol na vida, mas entendi que não era o primeiro, era o mais importante – o São Paulo bateu no “bicho papão Liverpool.
O clube retornou ao Brasil na terça-feira, dois dias depois do título, e contou com uma recepção calorosa da torcida no Aeroporto de Guarulhos, dois trios elétricos estavam à disposição do elenco. No primeiro foi designado para imprensa e fotógrafos. No segundo, só os jogadores, que foram ovacionados pela massa. Uma "multidão incalculável". Foi assim que a Polícia Militar classificou a festa da torcida do São Paulo na chegada do Tricolor ao Brasil em 2005.
Fotos: Arquivo Lance!
E pela terceira vez na história, o mundo do futebol estava pintado com as cores vermelho, preto e branco. Um sentimento sem explicação, que cada um de nós sabemos o quão especial foi. Independente de qualquer linha que eu escreva não será o suficiente para expressar. O São Paulo Futebol Clube proporcionava uma das maiores alegrias de nossas vidas.
São Paulo, Tricolor, Liverpool, Mundial
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