O São Paulo vai anunciar nos próximos dias a renovação de contrato com o técnico Muricy Ramalho por mais dois anos, até o fim de 2010 – o atual terminava no fim deste ano. O comandante tricampeão brasileiro já acertou as novas bases do seu novo vínculo com o presidente Juvenal Juvêncio e só faltam as assinaturas das partes no papel para o acordo ser finalizado.
No novo contrato, o comandante vai receber um reajuste salarial e vai aumentar o seu compromisso com o Tricolor. Não há multa rescisória, caso as duas partes decidam romper o acordo. Esta é a terceira vez que Muricy renova, desde que ele assinou pela primeira vez com o São Paulo, em janeiro de 2006.
– Sempre que eu peço alguma coisinha o São Paulo pede para aumentar o tempo do contrato. Por mim, tudo bem até 2010 – confirmou o treinador nesta sexta, em entrevista exclusiva ao LANCENET!.
Até hoje, após 73 anos de vida, o São Paulo já teve 62 treinadores. Muricy é o quarto que mais dirigiu a equipe, com 325 partidas. Está atrás apenas de Vicente Feola (524), José Poy (421) e Telê Santana (425).
LEIA ABAIXO A ENTREVISTA EXCLUSIVA QUE MURICY CONCEDEU AO LANCENET!
Já renovou o contrato? Como estão as conversas sobre isso?
"Ainda não assinei, mas já está tudo certo. Sentei esta semana com o doutor Juvenal (Juvêncio, presidente), acertamos algumas coisas e só falta meu advogado acertar tudo com o advogado do São Paulo, mas não vai ter nenhum problema. Sempre que eu acerto algumas coisas eu mando pro meu advogado. Só isso."
O que significa esta renovação e a possibilidade de completar cinco anos seguidos à frente da equipe?
Para a minha carreira isso é ótimo. Isso faz parte da filosofia que eu escolhi, que é a de cumprir os meus contratos até o fim. Eu sou muito honesto com as pessoas que me trazem. Tenho o costume de ser parceiro.
Alguma exigência especial no novo contrato que você acertou?
Não, todo mundo sabe que eu sou um cara tranquilo. Fiz um contrato sem multa, como era anteriormente. Sempre que eu peço alguma coisinha a mais para o São Paulo, eles pedem para aumentar um ano no tempo do contrato. Por mim, tudo bem.
Ano passado, no meio do ano, você pediu uma garantia ao São Paulo. Fez o mesmo desta vez?
Não, aquela vez foi diferente. Eu não tinha medo de ficar desempregado, mas eu sentia uma coisa estranha dentro do clube, com o pessoal de cabeiça baixa e tal. E, naquele momento, eu estava recebendo várias propostas, que dava até vergonha de recusar. O Internacional veio atrás e o Al-Saad, do Qatar, também. Eles me ofereceram carro, mansão e aquelas coisas todas que eles falam. Mas eu senti que algumas pessoas não acreditaram muito em mim no
São Paulo. Acharam que era blefe. Então, eu peguei a proposta que eu recebi com meu advogado e mostrei para o presidente. Mas disse que queria ficar, desde que ele me garantisse até o fim do ano. E ele se fechou comigo. Então, a partir daquele momento, eu me fechei com ele e ganhamos uma força grande no Brasileirão.
Você acha que hoje o Muricy Ramalho está criando uma moda? Vários técnicos estão permanecendo mais tempo no cargo hoje em dia.
Estou lançando uma moda no futebol. Isso chama a atenção mesmo, o técnico ficar tanto tempo, no Brasil. Mas as coisas estão mudando no futebol mesmo. Antigamente, a moda era os clubes contratarem técnicos baseados em opiniões de empresários. Eles que levavam os treinadores. Depois veio aquele negócio de marketing. Bom era o técnico que usava lap top, ficava de terno e gravata na beira do gramado. Aí o Felipão acabou um pouco com isso, porque ele sempre fica de agasalho, tanto na Seleção, como no Chelsea (ING). E agora acho que estou colaborando para os técnicos permanecerem muito nos clubes. Meu jeito está chamando atenção.
O que pode tirá-lo do clube?
Não sei, viu... Acho difícil eu sair, a não ser que me mandem embora, claro. Se me mandarem embora eu posso sair amanhã. Mas acho que só saio se for uma coisa muito grande, tipo Seleção Brasileira. Do contrário, acho que fico até o meu contrato terminar (no fim de 2010).
O São Paulo mudou sua vida?
Muito. Tive de me acostumar a uma nova vida, porque nos lugares que eu vou sou muito assediado. Não pude ir à praia no fim do ano. Eu consegui caminhar no Guarujá em dezembro. Porque eu sempre vou lá pro dia 12, 13 pra ficar até o Natal. Nesta época eu consigo fazer a minha caminha diária. Agora chega na época no fim de ano, eu não consigo mais sair na rua. Eu acordava umas 9h de manhã e já tinha gente na porta do prédio, com camisas para eu autografar.
E se ganhar a Libertadores, então?
Nossa, não quero nem pensar. Eu não sou uma pessoa de sair muito, mas vai ser coisa de eu não poder sair de casa em São Paulo. Vai ser uma loucura muito grande. Mas não escondo que este torneio é o nosso grande objetivo em 2009.
Como está a pré-temporada? Todo mundo indo bem?
Olha, chamou muito a minha atenção a maneira como os jogadores voltaram das férias. Acho que esta concorrência que tem hoje no elenco mexeu com os jogadores, porque todo mundo voltou no peso e com uma condição física boa. Estamos trabalhando duro esta semana e a cobrança vai continuar existindo ao longo do ano todo.
No novo contrato, o comandante vai receber um reajuste salarial e vai aumentar o seu compromisso com o Tricolor. Não há multa rescisória, caso as duas partes decidam romper o acordo. Esta é a terceira vez que Muricy renova, desde que ele assinou pela primeira vez com o São Paulo, em janeiro de 2006.
– Sempre que eu peço alguma coisinha o São Paulo pede para aumentar o tempo do contrato. Por mim, tudo bem até 2010 – confirmou o treinador nesta sexta, em entrevista exclusiva ao LANCENET!.
Até hoje, após 73 anos de vida, o São Paulo já teve 62 treinadores. Muricy é o quarto que mais dirigiu a equipe, com 325 partidas. Está atrás apenas de Vicente Feola (524), José Poy (421) e Telê Santana (425).
LEIA ABAIXO A ENTREVISTA EXCLUSIVA QUE MURICY CONCEDEU AO LANCENET!
Já renovou o contrato? Como estão as conversas sobre isso?
"Ainda não assinei, mas já está tudo certo. Sentei esta semana com o doutor Juvenal (Juvêncio, presidente), acertamos algumas coisas e só falta meu advogado acertar tudo com o advogado do São Paulo, mas não vai ter nenhum problema. Sempre que eu acerto algumas coisas eu mando pro meu advogado. Só isso."
O que significa esta renovação e a possibilidade de completar cinco anos seguidos à frente da equipe?
Para a minha carreira isso é ótimo. Isso faz parte da filosofia que eu escolhi, que é a de cumprir os meus contratos até o fim. Eu sou muito honesto com as pessoas que me trazem. Tenho o costume de ser parceiro.
Alguma exigência especial no novo contrato que você acertou?
Não, todo mundo sabe que eu sou um cara tranquilo. Fiz um contrato sem multa, como era anteriormente. Sempre que eu peço alguma coisinha a mais para o São Paulo, eles pedem para aumentar um ano no tempo do contrato. Por mim, tudo bem.
Ano passado, no meio do ano, você pediu uma garantia ao São Paulo. Fez o mesmo desta vez?
Não, aquela vez foi diferente. Eu não tinha medo de ficar desempregado, mas eu sentia uma coisa estranha dentro do clube, com o pessoal de cabeiça baixa e tal. E, naquele momento, eu estava recebendo várias propostas, que dava até vergonha de recusar. O Internacional veio atrás e o Al-Saad, do Qatar, também. Eles me ofereceram carro, mansão e aquelas coisas todas que eles falam. Mas eu senti que algumas pessoas não acreditaram muito em mim no
São Paulo. Acharam que era blefe. Então, eu peguei a proposta que eu recebi com meu advogado e mostrei para o presidente. Mas disse que queria ficar, desde que ele me garantisse até o fim do ano. E ele se fechou comigo. Então, a partir daquele momento, eu me fechei com ele e ganhamos uma força grande no Brasileirão.
Você acha que hoje o Muricy Ramalho está criando uma moda? Vários técnicos estão permanecendo mais tempo no cargo hoje em dia.
Estou lançando uma moda no futebol. Isso chama a atenção mesmo, o técnico ficar tanto tempo, no Brasil. Mas as coisas estão mudando no futebol mesmo. Antigamente, a moda era os clubes contratarem técnicos baseados em opiniões de empresários. Eles que levavam os treinadores. Depois veio aquele negócio de marketing. Bom era o técnico que usava lap top, ficava de terno e gravata na beira do gramado. Aí o Felipão acabou um pouco com isso, porque ele sempre fica de agasalho, tanto na Seleção, como no Chelsea (ING). E agora acho que estou colaborando para os técnicos permanecerem muito nos clubes. Meu jeito está chamando atenção.
O que pode tirá-lo do clube?
Não sei, viu... Acho difícil eu sair, a não ser que me mandem embora, claro. Se me mandarem embora eu posso sair amanhã. Mas acho que só saio se for uma coisa muito grande, tipo Seleção Brasileira. Do contrário, acho que fico até o meu contrato terminar (no fim de 2010).
O São Paulo mudou sua vida?
Muito. Tive de me acostumar a uma nova vida, porque nos lugares que eu vou sou muito assediado. Não pude ir à praia no fim do ano. Eu consegui caminhar no Guarujá em dezembro. Porque eu sempre vou lá pro dia 12, 13 pra ficar até o Natal. Nesta época eu consigo fazer a minha caminha diária. Agora chega na época no fim de ano, eu não consigo mais sair na rua. Eu acordava umas 9h de manhã e já tinha gente na porta do prédio, com camisas para eu autografar.
E se ganhar a Libertadores, então?
Nossa, não quero nem pensar. Eu não sou uma pessoa de sair muito, mas vai ser coisa de eu não poder sair de casa em São Paulo. Vai ser uma loucura muito grande. Mas não escondo que este torneio é o nosso grande objetivo em 2009.
Como está a pré-temporada? Todo mundo indo bem?
Olha, chamou muito a minha atenção a maneira como os jogadores voltaram das férias. Acho que esta concorrência que tem hoje no elenco mexeu com os jogadores, porque todo mundo voltou no peso e com uma condição física boa. Estamos trabalhando duro esta semana e a cobrança vai continuar existindo ao longo do ano todo.
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