A festa estava armada no estádio do Morumbi. Mais de 66 mil pessoas, a maioria com bandeirinhas empunhadas e algumas até com faixa de campeão, compareceram na expectativa da confirmação do hexacampeonato da equipe paulista. Só não contavam que o maior carrasco do ano, o Fluminense, novamente atrapalharia os seus planos, ao conseguir um empate por 1 a 1 na capital paulista.
Assim, a decisão do Campeonato Brasileiro de 2008 ficou para a última rodada, que promete muita emoção, já que o Grêmio venceu o Ipatinga e diminuiu de cinco para três a diferença em relação ao líder São Paulo. No domingo que vem, o time paulista encara o Goiás, no Distrito Federal, e os gaúchos, o Atlético-MG, em Porto Alegre.
Borges assusta; Washington assombra
Campeonato por pontos corridos não tem final, é verdade. Mas a partida decisiva entre São Paulo e Fluminense começou como tal. Carrasco da equipe do Morumbi na Libertadores da América, o atacante Washington por pouco não abriu o placar aos 33 segundos. Após cruzamento de Arouca, ele desviou fraco e Rogério Ceni defendeu.
O susto despertou o São Paulo. Com postura de campeão, os donos da casa foram para cima dos cariocas. E foi o artilheiro Borges o responsável pelos melhores momentos de perigo. O camisa 17 começou sua série aos 3 minutos, quando aproveitou rebote na grande área. O chute saiu fraco e Fernando Henrique defendeu.
Aos 9 minutos, a oportunidade foi mais clara. Hernanes fez ótima jogada e colocou a bola na área para Borges, que dominou e mandou no lado de fora da rede. Aos 14, o atacante mostrou oportunismo ao aproveitar chute errado de Hernanes. Na cara do gol, ele bateu e viu excelente defesa do goleiro do Fluminense.
A bola ainda “procurou” por Borges no lance seguinte, após a cobrança de escanteio, mas ele mandou de cabeça, rente à trave esquerda do camisa 1 da equipe das Laranjeiras. Esse lance antecedeu um momento ruim do São Paulo. Sem conseguir abrir o placar, os anfitriões perderem o controle da partida.
Melhor para o Fluminense, que aos 18 minutos incomodou o São Paulo novamente com Washington, travado por Rodrigo na hora do chute. Aos 25, teve ainda uma cabeçada de Luiz Alberto na trave, após cobrança de falta de Conca. Os dez minutos seguintes foram mornos. Aparentemente ansioso, o time da casa caiu de produção.
Foi preciso Miranda sair da zaga para criar uma nova boa chance para o São Paulo, aos 35. Ele desarmou um adversário, trocou passe com Jorge Wagner e colocou Dagoberto em boa condição, mas o atacante mandou para fora. Hugo também teve chance de cabeça, dois minutos depois, mas desperdiçou.
Insatisfeito, o goleiro e capitão Rogério Ceni resumiu assim o que viu na primeira etapa no estádio do Morumbi: “Poderia ser bem melhor”.
Emoção de final
Muitas vezes neste Campeonato Brasileiro, o técnico Muricy Ramalho fez a diferença no intervalo. Suas broncas no time alteraram em algumas ocasiões a postura dos jogadores em campo. Mas neste domingo, no começo do segundo tempo, quem se destacou foi o técnico do Fluminense, René Simões.
O comandante do clube carioca voltou para a etapa final com Tartá no lugar de Maicon. E logo em seu primeiro lance, o meia-atacante foi oportunista. Washington recebeu na grande área e chutou em cima de Rogério Ceni. No rebote, Tartá dominou, ajeitou e tocou para o fundo do gol.
Em situação complicada, principalmente por causa da vitória do Grêmio contra o Ipatinga, o líder São Paulo precisou superar o mau futebol apresentado e chegar ao empate na base da raça. Após bola alçada na área por Jorge Wagner, André Dias divide de cabeça e a bola sobra para Borges, de virada, mandar para o fundo do gol – o goleiro Fernando Henrique apenas acompanhou a bola com os olhos.
O gol de empate deixou o clima favorável ao São Paulo. Empurrado pela torcida, os comandados do técnico Muricy Ramalho iniciaram pressão sobre o Fluminense, mas também deram espaços para perigosos contra-ataques, especialmente com Tartá, autor do gol carioca e que entrou na etapa final para infernizar os são-paulinos.
Aos poucos, a impaciência tomou conta do torcedor da equipe do Morumbi. E o reflexo foi o mesmo dentro de campo, com um São Paulo nervoso e sem conseguir chegar com perigo. Foi preciso novamente um zagueiro aparecer para fazer as vezes do ataque. Aos 37, André Dias acertou a trave após bola alçada na área.
Embora tivesse continuado na pressão, os anfitriões não conseguiram fazer a festa no estádio do Morumbi, como era esperado. A decisão, agora, fica pra última rodada.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 1x1 FLUMINENSE
Rogério Ceni; Rodrigo, André Dias e Miranda; Joilson (Richarlyson), Jean, Hernanes, Hugo (Éder Luis) e Jorge Wagner; Borges e Dagoberto (André Lima). Fernando Henrique; Wellington Monteiro, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Fabinho (Ygor), Romeu, Arouca (Maurício) e Conca; Maicon (Tartá) e Washington.
Técnico: Muricy Ramalho. Técnico: René Simões.
Gols: Tartá, aos 4, Borges, aos 12 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jean (SP); Fabinho (FLU). Cartão vermelho: . Público: 66.888 pagantes. Renda: R$ 1.387.775,00 .
Estádio: Morumbi. Data: 30/11/2008. Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR). Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Alessandro Alvaro Rocha de Matos (Fifa/BA).
Assim, a decisão do Campeonato Brasileiro de 2008 ficou para a última rodada, que promete muita emoção, já que o Grêmio venceu o Ipatinga e diminuiu de cinco para três a diferença em relação ao líder São Paulo. No domingo que vem, o time paulista encara o Goiás, no Distrito Federal, e os gaúchos, o Atlético-MG, em Porto Alegre.
Borges assusta; Washington assombra
Campeonato por pontos corridos não tem final, é verdade. Mas a partida decisiva entre São Paulo e Fluminense começou como tal. Carrasco da equipe do Morumbi na Libertadores da América, o atacante Washington por pouco não abriu o placar aos 33 segundos. Após cruzamento de Arouca, ele desviou fraco e Rogério Ceni defendeu.
O susto despertou o São Paulo. Com postura de campeão, os donos da casa foram para cima dos cariocas. E foi o artilheiro Borges o responsável pelos melhores momentos de perigo. O camisa 17 começou sua série aos 3 minutos, quando aproveitou rebote na grande área. O chute saiu fraco e Fernando Henrique defendeu.
Aos 9 minutos, a oportunidade foi mais clara. Hernanes fez ótima jogada e colocou a bola na área para Borges, que dominou e mandou no lado de fora da rede. Aos 14, o atacante mostrou oportunismo ao aproveitar chute errado de Hernanes. Na cara do gol, ele bateu e viu excelente defesa do goleiro do Fluminense.
A bola ainda “procurou” por Borges no lance seguinte, após a cobrança de escanteio, mas ele mandou de cabeça, rente à trave esquerda do camisa 1 da equipe das Laranjeiras. Esse lance antecedeu um momento ruim do São Paulo. Sem conseguir abrir o placar, os anfitriões perderem o controle da partida.
Melhor para o Fluminense, que aos 18 minutos incomodou o São Paulo novamente com Washington, travado por Rodrigo na hora do chute. Aos 25, teve ainda uma cabeçada de Luiz Alberto na trave, após cobrança de falta de Conca. Os dez minutos seguintes foram mornos. Aparentemente ansioso, o time da casa caiu de produção.
Foi preciso Miranda sair da zaga para criar uma nova boa chance para o São Paulo, aos 35. Ele desarmou um adversário, trocou passe com Jorge Wagner e colocou Dagoberto em boa condição, mas o atacante mandou para fora. Hugo também teve chance de cabeça, dois minutos depois, mas desperdiçou.
Insatisfeito, o goleiro e capitão Rogério Ceni resumiu assim o que viu na primeira etapa no estádio do Morumbi: “Poderia ser bem melhor”.
Emoção de final
Muitas vezes neste Campeonato Brasileiro, o técnico Muricy Ramalho fez a diferença no intervalo. Suas broncas no time alteraram em algumas ocasiões a postura dos jogadores em campo. Mas neste domingo, no começo do segundo tempo, quem se destacou foi o técnico do Fluminense, René Simões.
O comandante do clube carioca voltou para a etapa final com Tartá no lugar de Maicon. E logo em seu primeiro lance, o meia-atacante foi oportunista. Washington recebeu na grande área e chutou em cima de Rogério Ceni. No rebote, Tartá dominou, ajeitou e tocou para o fundo do gol.
Em situação complicada, principalmente por causa da vitória do Grêmio contra o Ipatinga, o líder São Paulo precisou superar o mau futebol apresentado e chegar ao empate na base da raça. Após bola alçada na área por Jorge Wagner, André Dias divide de cabeça e a bola sobra para Borges, de virada, mandar para o fundo do gol – o goleiro Fernando Henrique apenas acompanhou a bola com os olhos.
O gol de empate deixou o clima favorável ao São Paulo. Empurrado pela torcida, os comandados do técnico Muricy Ramalho iniciaram pressão sobre o Fluminense, mas também deram espaços para perigosos contra-ataques, especialmente com Tartá, autor do gol carioca e que entrou na etapa final para infernizar os são-paulinos.
Aos poucos, a impaciência tomou conta do torcedor da equipe do Morumbi. E o reflexo foi o mesmo dentro de campo, com um São Paulo nervoso e sem conseguir chegar com perigo. Foi preciso novamente um zagueiro aparecer para fazer as vezes do ataque. Aos 37, André Dias acertou a trave após bola alçada na área.
Embora tivesse continuado na pressão, os anfitriões não conseguiram fazer a festa no estádio do Morumbi, como era esperado. A decisão, agora, fica pra última rodada.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 1x1 FLUMINENSE
Rogério Ceni; Rodrigo, André Dias e Miranda; Joilson (Richarlyson), Jean, Hernanes, Hugo (Éder Luis) e Jorge Wagner; Borges e Dagoberto (André Lima). Fernando Henrique; Wellington Monteiro, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Fabinho (Ygor), Romeu, Arouca (Maurício) e Conca; Maicon (Tartá) e Washington.
Técnico: Muricy Ramalho. Técnico: René Simões.
Gols: Tartá, aos 4, Borges, aos 12 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jean (SP); Fabinho (FLU). Cartão vermelho: . Público: 66.888 pagantes. Renda: R$ 1.387.775,00 .
Estádio: Morumbi. Data: 30/11/2008. Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR). Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Alessandro Alvaro Rocha de Matos (Fifa/BA).
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