O Conselho Fiscal do São Paulo protocolou no Site Oficial do clube uma análise que contém um pedido urgente ao presidente Júlio Casares: a venda de jogadores e não comprar mais atletas. Segundo o CF, em 2021 o São Paulo aumentou as dívidas em R$ 70 milhões e que o resultado ruim do balanço financeiro da gestão até aqui é preocupante. Com isso, o CF também pede que não sejam repetidos os erros do passado em que foram contratados jogadores por causa da faltade resultados em campo ignorando a enorme dívida.
Veja todos os detalhes da análise e do pedido emergencial do Conselho Fiscal ao presidente abaixo
A análise do Conselho Fiscal é do dia 11 de novembro e no documento aponta que "é cada vez mais urgente a venda de jogadores na próxima janela" para que o clube consiga equilibrar as contas. No documento, os conselheiros fiscais analisam os balancetes de agosto e setembro.
O CF demonstra no documento uma enorme preocupação especificamente com o último, ao apontar que houve um "resultado financeiro muito ruim" e cita notar que as despesas são aproximadamente 70% maiores do que as receitas no balanço apresentado pelo clube. Nesse período, afirma o relatório, o São Paulo tornou-se um clube deficitário, “o que deverá ser uma constante até o fim do exercício aumentando ainda mais a dívida geral do clube”
Os conselheiros citam que os valores mais relevantes estão relacionados ao futebol profissional, com redução de despesas causadas por eliminações e pelo acordo para a rescisão do contrato de Daniel Alves.
– Desta forma, do ponto de vista fiscal, as rescisões e novas contratações geram despesas que são incompatíveis com a atual situação financeira do São Paulo Futebol Clube, determinando maior cautela e parcimônia para que o DNA do profissionalismo implantado não repita erros passados, com medidas inadequadas recorrentes em grandes clubes em face de resultados negativos. É preciso conciliar as decisões do futebol profissional com as finanças.
O Conselho Fiscal não esconde ter ligado o alerta. O último balancete, de setembro, demonstra que o São Paulo acumula um déficit de R$ 71,3 milhões em 2021.
O demonstrativo aponta que o clube avançou em receitas como as de direitos de TV (R$ 190 milhões), publicidade (R$ 15,5 milhões), sócio-torcedor (R$ 6,3 milhões), todas acima do orçamento. A negociação de atletas, porém, causa impacto: esperava-se vender R$ 144,6 milhões até setembro, mas o valor realizado é de R$ 75,8 milhões.
As contas apresentadas tendem a impactar na montagem do time para 2022. A diretoria de futebol, em declaração reforçada pelo técnico Rogério Ceni, já afirmou que não pretende fazer grandes investimentos para a contratação de atletas, buscando reforços na base tricolor ou em jogadores sem contratos.
O clube atualmente tenta renovar com o zagueiro Arboleda, que exige um aumento, e prorrogar o empréstimo do meia Benítez, que tem vínculo só até o fim desta temporada.
O time ainda corre risco de rebaixamento no Brasileiro – tem 45 pontos, cinco a mais do que o primeiro da zona da degola – e ainda pode conseguir uma vaga para um torneio internacional no ano que vem, com mais chances de se classificar para a Copa Sul-Americana.
Conselho, Fiscal, São Paulo, urgência, venda, atletas
Veja todos os detalhes da análise e do pedido emergencial do Conselho Fiscal ao presidente abaixo
A análise do Conselho Fiscal é do dia 11 de novembro e no documento aponta que "é cada vez mais urgente a venda de jogadores na próxima janela" para que o clube consiga equilibrar as contas. No documento, os conselheiros fiscais analisam os balancetes de agosto e setembro.
O CF demonstra no documento uma enorme preocupação especificamente com o último, ao apontar que houve um "resultado financeiro muito ruim" e cita notar que as despesas são aproximadamente 70% maiores do que as receitas no balanço apresentado pelo clube. Nesse período, afirma o relatório, o São Paulo tornou-se um clube deficitário, “o que deverá ser uma constante até o fim do exercício aumentando ainda mais a dívida geral do clube”
Os conselheiros citam que os valores mais relevantes estão relacionados ao futebol profissional, com redução de despesas causadas por eliminações e pelo acordo para a rescisão do contrato de Daniel Alves.
– Desta forma, do ponto de vista fiscal, as rescisões e novas contratações geram despesas que são incompatíveis com a atual situação financeira do São Paulo Futebol Clube, determinando maior cautela e parcimônia para que o DNA do profissionalismo implantado não repita erros passados, com medidas inadequadas recorrentes em grandes clubes em face de resultados negativos. É preciso conciliar as decisões do futebol profissional com as finanças.
O Conselho Fiscal não esconde ter ligado o alerta. O último balancete, de setembro, demonstra que o São Paulo acumula um déficit de R$ 71,3 milhões em 2021.
O demonstrativo aponta que o clube avançou em receitas como as de direitos de TV (R$ 190 milhões), publicidade (R$ 15,5 milhões), sócio-torcedor (R$ 6,3 milhões), todas acima do orçamento. A negociação de atletas, porém, causa impacto: esperava-se vender R$ 144,6 milhões até setembro, mas o valor realizado é de R$ 75,8 milhões.
As contas apresentadas tendem a impactar na montagem do time para 2022. A diretoria de futebol, em declaração reforçada pelo técnico Rogério Ceni, já afirmou que não pretende fazer grandes investimentos para a contratação de atletas, buscando reforços na base tricolor ou em jogadores sem contratos.
O clube atualmente tenta renovar com o zagueiro Arboleda, que exige um aumento, e prorrogar o empréstimo do meia Benítez, que tem vínculo só até o fim desta temporada.
O time ainda corre risco de rebaixamento no Brasileiro – tem 45 pontos, cinco a mais do que o primeiro da zona da degola – e ainda pode conseguir uma vaga para um torneio internacional no ano que vem, com mais chances de se classificar para a Copa Sul-Americana.
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