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Muricy: Diniz perdeu a cabeça, não só o Tchê Tchê, ele também ficou sentido

No primeiro jogo do São Paulo em 2021, quando ainda liderava o Campeonato Brasileiro, o técnico Fernando Diniz foi flagrado pelos microfones da transmissão de TV com xingamentos ao meio-campista Tchê Tchê, na derrota por 4 a 2 para o Red Bull Bragantino, em jogo que iniciou a derrocada do time tricolor, que ficou sete jogos seguidos sem vencer, perdeu a liderança e viu escapar um título que estava próximo.



Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, no UOL Esporte, Muricy Ramalho comenta o episódio e afirma que foi ruim para Tchê Tchê, que ficou magoado pela situação, mas também para o próprio Diniz, que sentiu bastante, reuniu o elenco para se desculpar, mas não conseguiu retomar o trabalho que vinha fazendo até então.


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"Nesse episódio o Tchê Tchê ficou realmente mal, isso não dá para esconder, mas o Diniz também ficou muito mal, cara, ele ficou muito sentido com ele mesmo, com ele mesmo, porque às vezes acontece, eu perco a cabeça, você perde, no futebol ainda mais, porque às vezes no futebol o campo é longe, não dá para falar com o jogador, mas você fica nervoso, ainda mais se não vem o resultado, como naquele jogo o resultado estava muito ruim, o time estava muito mal em campo?, afirma Muricy.

"O Diniz perdeu um pouco a cabeça e ele reconhece isso, não era só o Tchê Tchê que estava sentido, ele também estava, porque ele gostava muito do Tchê Tchê, ele que, por exemplo, na minha opinião, formou o Tchê Tchê no Audax, era um jogador sem muito posicionamento tático em campo e ele deu essa abertura para o Tchê Tchê, ele ensinou praticamente o que o Tchê Tchê sabe. Na hora em que houve aquela troca de conversa entre os dois, que não foi legal", completa.

Muricy elogia Fernando Diniz, afirma que ele tem a mesma preocupação que Telê Santana tinha, de pensar não apenas no lado esportivo do jogador, mas também na questão humana, mas cometeu um erro e foi bastante afetado por ele.



"As pessoas têm que entender, que não era só o Tchê Tchê que ficou chateado, ele pediu desculpas na frente de todo mundo, os jogadores, reuniu os jogadores e pediu desculpas, porque isso acontece com o ser humano. Eu erro, você erra, eu também já errei várias vezes nesse sentido", diz coordenador são-paulino.

"Agora, a gente tem que analisar de onde vem essa coisa, qual ser humano. Se é de um ser humano que é má pessoa, má índole, aí você fala 'opa', mas o Diniz não, o Diniz ficou muito sentido, porque ele não é assim, ele é bom caráter, ele é boa pessoa, então houve um nervosismo, mas com certeza o Tchê Tchê, não dá para esconder, sentiu bastante", conclui.

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