[1/2 OFF]Ex-secretário do Governo SP critica indefinição do Itaquerão e fala em Morumbi na Copa 2014

[1/2 OFF]Ex-secretário do Governo SP critica indefinição do Itaquerão e fala em Morumbi na Copa 2014

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Vejam o que disse o ex-secretario de Transportes Metropolitanos de SP, José Luiz Portela, a respeito da indefinição do estádio corintiano para a Copa 2014, na rádio CBN:

Tem muita incerteza e quase nenhuma segurança.

Não há dinheiro pra financiar nem o estádio do Corinthians, que não tem nada garantido ainda. O Corinthians não vendeu (os naming rights); disse que iria financiar com naming rights, que é a venda do direito de nome da arena, que no Brasil é uma baita complicação porque ninguém chama o estádio do Atlético, por exemplo, de Arena Kyocera.

Então vai ficar Itaquerão. Se uma empresa comprar o nome, ninguém vai chamar pelo nome. Então já é difícil. E isso foi dito pela grande base para construir o estádio para 48 mil pessoas que o Corinthans queria. Não tem dinheiro pra isso.

José Luiz Portella, ex-secretário de Transportes Metropolitanos de SP

A Odebrecht ainda não fechou com o BNDES poque só vai fechar a parte dela, que seria o empréstimo, quando tiver com a operação acertada e a Odebrecht informou que precisa de R$ 370 milhões a mais, o que elevou de R$ 700 milhões para R$ 1 bilhão e 70 milhões o custo da obra.

Tem a questão de que já há dinheiro público, da Prefeitura, quando ela diz que vai ter os Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento. Mas eles PODEM ser negociados e gerar esses R$ 240 milhões. Não é seguro. Alguém tem que ir lá, achar interessante e comprar esses certificados. Então você não sabe, é uma coisa do mercado.

E ainda tem esses R$ 370 milhões, que não tem nenhuma fonte no momento.

E agora tem uma notícia nova. A CVM abriu um processo.

Um acionista do RJ disse que não era interesse para os acionistas desviar aqueles dutos. Então os caras tem que pagar por aquilo e ele quer discutir isso.

E por fim, a transferência desses tais dutos demora, no mínimo, uns 4 meses. E num certo período, enquanto você estiver removendo, não pode fazer a obra. Pode ser que depois do inicio, de 2 meses, você comece a obra, porque ela começa por um processo de terraplenagem.

Então o grande risco é não ter a abertura da Copa em SP. O risco hoje é muito grande. E o próprio estádio do Corinthians não tem financiamento garantido.

E tem que ficar atento aos jogos da semi-finais, que são importantes. O próprio Morumbi teria que se adequar. Se ele tá retirado, ninguém tá atrás dele pra Copa, vai chegar na hora e ele também não tá pronto pra semifinal.

Então está feita uma confusão. SP já está fora da Copa das Confederações, que é muito importante. É um teste não só de jogo, mas de hotelaria, de trânsito, segurança, etc. Então você vai ter uma Cpoa feita sem teste. Complicou bastante.

fonte: CBN

Dica do Guilhermo Panebianco

COMENTÁRIO:

Finalmente alguém expôs publicamente a situação precária da organização da Copa do Mundo em SP. Como bem disse Portela, o projeto do Itaquerão para sediar a abertura da Copa está longe de ser viabilizado. Primeiro porque houve um incremento de R$ 370 milhões no custo, e que ninguém sabe de onde vai sair. Segundo, por que nem mesmo os R$ 250 milhões que seriam obtidos via CID estariam garantidos, uma vez isso dependeria da demanda do mercado pelos títulos.

Pelo que afirma o ex-secretário, nem o projeto básico do Itaquerão, para 48 mil pessoas, está garantido. Para viabilizá-lo não basta negociar os naming rights (o Palmeiras, por exemplo, negocia com a Unimed algo entre R$ 70/R$ 80 milhões, bem abaixo do necessário para uma obra de R$ 350 milhões). Seria preciso abrir mão de receitas do estádio, o que Andres Sanches sempre recusou. Além disso, ainda seria necessário resolver a questão das garantias exigidas pelo BNDES.

E isso sem considerar a questão dos dutos da Transpetro, que causam diversas complicações. Uma delas é de ordem financeira: a estatal afirmou que o custo da remoção teria de ser bancado pela construtora. Ou seja, o custo total do estádio seria de R$ 1 bilhão e 100 milhões.

Há ainda a questão temporal. O blog já suscitou uma dúvida relativa à possibilidade de iniciar a construção sem a remoção dos dutos. Até agora, obtive informações divergentes sobre o assunto. Mas Portela afirma que por determinado tempo, a obra ficaria sim impedida. E como o tempo já está escasso, as coisas se complicariam ainda mais.

Por fim, uma questão muito interessante. O ex-secretário, ao tratar das semi-finais, caso não seja possível sediar a abertura do torneio, menciona o estádio do Morumbi. Essa é justamente a esperança de Juvenal: aproveitar-se da necessidade por jogos relevantes na capital paulista para pressionar politicamente o COL e a FIFA para utilizar o estádio são-paulino.

O único equívoco do ex-secretário é sobre a conclusão das obras do Morumbi. A diretoria são-paulina não seria pega de surpresa, pois já trabalha para deixar o estádio pronto em 2013. O único problema seria a Arena Palestra, que tem o padrão Fifa e que também ficará pronta a tempo. O único diferencial do estádio tricolor é sua capacidade. Para semi-finais, por exemplo, a entidade exige 60 mil lugares, capacidade essa que o estádio palmeirense não tem.

Fonte : Blog Do Navarro

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