O primeiro lugar no campeonato paulista, ao lado de São Paulo e Corinthians, com 4 vitórias e um empate nas cinco primeiras rodadas, surpreende até o técnico Sérgio Baresi, de 40 anos, mas a surpresa não o impede de sonhar alto para o segundo semestre.
Você esperava ter 13 pontos em 15 disputados?
Não. Esperava ter nove pontos. No meu planejamento, contava com empates contra Portuguesa e Mirassol e conseguimos vencer. Agora, faltam 20 pontos para garantirmos a classificação sem sufoco, sem depende de briga na última rodada.
Se o Paulista se classificar para a Série D, você continua aí?
Sou muito agradecido à diretoria e continuaria com muito gosto. Mas a minha meta é mais ambiciosa. Gostaria de dirigir na Série A. Tenho capacidade para isso. Se não der, que seja a B... A única possibilidade que rejeito é voltar para a base do São Paulo. Meu ciclo acabou, apesar de continuar sendo funcionário do clube.
Como você analisa o seu trabalho como técnico do São Paulo, de agosto a outubro do ano passado?
Foi um trabalho muito bom. Eu e o Nelson enfrentamos todos de peito aberto. A mídia não acreditava, a torcida não acreditava e nós trabalhamos bem. Hoje, não existe mais medo em aproveitar jogadores da base. Foi um legado que eu deixei. Eu tenho conteúdo, muita gente me disse isso depois que eu saí.
O Paulista tem alguns jogadores do São Paulo. O que vc acha deles?
Eu trouxe o goleiro Richard e o meia Dener. O São Paulo liberou alguns outros jogadores mas eu não quis porque não queria um time muito jovem. O Richard veio para ser titular, mas estava um pouco fora de jogo e optei pelo Vagner, que está muito bem. O Dener é muito bom, tenho certeza que o São Paulo vai olhar para ele com mais carinho. Eu quis também Rafinha, mas não deu certo. Ele é ótimo, tem velocidade e bom drible. Vai dar certo no São Paulo.