A novela Nilmar teve o seu desfecho adiado mais uma vez. Apesar de o São Paulo e o Villarreal — dono dos direitos federativos do brasileiro — já terem chegado a um acordo, o atacante faz jogo duro e pretende receber salário superior ao teto estipulado pelo São Paulo, de R$ 300 mil.
Dessa maneira, a história só deverá ter um final — feliz ou não para o clube — nesta terça, quando se encerra a janela de transferências do futebol europeu.
“Acho muito difícil fechar esse negócio, mas não diria que é impossível, até porque o Adalberto (Baptista, diretor de futebol do São Paulo) está cuidando dele com muita competência. Porém, existe a complexidade dos investidores”, disse João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol do clube, em entrevista à Rádio Globo.
As negociações com o time espanhol já se arrastam desde dezembro do ano passado. O São Paulo ofereceu ao ex-atacante do Corinthians um contrato válido por cinco anos. Nesta segunda-feira, mais uma reunião entre os diretores do clube e os representantes do atleta foi realizada, mas não se chegou a um veredicto. Na Espanha, Nilmar recebe R$ 380 mil por mês.
“É uma negociação muito complexa. Além das margens do jogador e do clube, existe o lado dos investidores. Algo que não é simples. Tenho sido muito coerente no que tenho dito. A gente não quer criar uma falsa expectativa na torcida”, afirmou Jesus Lopes.
Sem plano b/ Se Nilmar não fechar com o Tricolor, nenhum outro jogador de peso deve ser apresentado nesta temporada. A intenção da diretoria é completar o elenco com atletas de menor expressão e custo mais baixo. Um lateral-direito pode ser o próximo alvo.
“Não é possível chegar outro jogador dessa posição, caso o Nilmar não feche. Isso porque não havia um atleta desse porte no nosso planejamento. Mas é que, no caso do Nilmar, nós fomos procurados”, explicou o vice-presidente.