A temporada 2011 não foi proveitosa para o meia, de 31 anos. Preterido pelo técnico Paulo Cesar Carpegiani no São Paulo, acabou emprestado ao Atlético-PR. Pelo rubro-negro paranaense o meio-campo amargou o rebaixamento para a Série B. De acordo com o jogador, a falta de oportunidades no clube paulista atrapalhou sua temporada.

- Estava indo bem no São Paulo, mas quando o Carpegiani chegou ao clube, fui perdendo espaço. Perguntei por que tinha saído do time e me foi colocado que era questão de preferência. Mesmo assim, atuei as últimas partidas da Séria A de 2010 e no inicio do Paulista, mas fui perdendo espaço e não consegui mostrar meu futebol. Infelizmente são coisas que acontecem.
Sobre a passagem pelo Furacão, o jogador lamentou o rebaixamento do clube, mas afirmou ter adquirido um carinho pelo clube.
- Infelizmente não conseguimos evitar a queda para a Série B, mas é um clube muito gosto. Gostei muito de ter atuado pelo Atlético e a torcida é maravilhosa.
Sobre a próxima temporada, Cléber disse ter esperanças de seguir no São Paulo. Para ele, se Leão lhe der oportunidade, ele conseguirá mostrar seu futebol.
- Quero seguir no São Paulo. Vou conversar com Emerson e saber se eu posso fazer parte do grupo. Se ele contar comigo eu não quero ouvir propostas de outros clubes.
No entanto, caso não faça parte dos planos do treinador, Cléber Santana começará a ouvir os interessados em seu futebol. A principio uma sondagem da China pode seduzir o jogador, mas uma volta ao Sport não está descartada.
- Se não ficar no São Paulo, irei começar a ouvir as propostas. Já houve uma sondagem da China, mas nada de concreto. Do Brasil, ainda não surgiu nada, mas eu gostaria de um dia voltar ao Sport, que é o clube que torço.
O carinho pelo Sport
Cria da base rubro-negra, Cléber Santana atuou três anos no Sport 2001 a 2003 e conquistou apenas um título com a camisa leonina, o Estadual de 2003. Mas a identificação do atleta com o clube vem de muito antes dos tempos de profissional.
- Sou rubro-negro desde sempre, meus filhos são torcedores 'doentes'. Me lembro da época do Hélio, Moura e sempre gostei do clube. Mesmo jogando fora eu sempre acompanhava. Na final da Copa do Brasil eu fui à Ilha do Retiro e comemorei muito. Nos últimos anos eu estava sofrendo com essa angustia na Série B, mas felizmente acabou.
A paixão do jogador pelo rubro-negro é tanta que o meio-campo acompanhou a partida final da Série B, na concentração do Atlético-PR.
- Eu estava concentrado, mas não me desliguei do jogo. Fiquei olhando o jogo e torcendo muito. Mas quando começou a chuva eu pensei: agora vai ser difícil para fazer gol. Mas felizmente o gol saiu, aí foi aquele alivio.
Mesmo não sendo considerado um dos principais jogadores do São Paulo, Cléber sabe que o valor do seu salário foge da realidade financeira do Sport. No entanto, de acordo com o jogador, uma futura negociação com o Leão da Ilha não seria atrapalhada por questões financeiras.
- Olha, o que importa é o tempo de contrato. A única coisa que não faço mais é passar seis meses em um clube. Você mexe muito com a vida de sua família. O que vou olhar é o tempo de contrato. Certamente se o Sport me oferecer algo parecido com outros clubes eu daria preferência ao Sport.