Segundo projeto apresentado ontem, as interdições na arena ao longo dos 18 meses previstos para a reforma serão parciais.
O objetivo é mantê-la disponível para os jogos e com capacidade para pelo menos 25 mil torcedores.
"Vamos tentar casar o único período de interdição total com as férias de futebol", disse o assessor da presidência do clube, José Francisco Manssur.
Além da cobertura das arquibancadas, a reformulação do Morumbi prevê a construção de um museu, de uma arena para shows e eventos para até 25 mil pessoas (aproveitando área existente atrás de um dos gols) e de um hotel.
São esses dois últimos empreendimentos que farão que a Andrade Gutierrez, parceira do clube no projeto, recupere investimento de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões e lucre.
A construtora, ou seus parceiros investidores, administrará a casa de shows por aproximadamente dez anos. Quanto ao hotel, os estudos sobre o tempo de cessão estão em fase preliminar. Nesse período, o São Paulo só receberá royalties sobre o espaço.
A expectativa do clube é que, com a nova arena, o número de eventos no Morumbi suba de dez para "20 ou 25 por ano", já descontando os jogos de futebol.
Neste ano, o faturamento do estádio teve a primeira retração desde 2003 --caiu de R$ 34,6 milhões para cerca de R$ 33 milhões.
"A cada evento, o estádio fica fechado por 10 a 12 dias. Agora, vai ter show na sexta e jogo no domingo", disse Manssur.
