"Sou amigo do Muricy e do Nelsinho há muitos anos. Nós três, juntos, fizemos parte de um grande time do São Paulo, campeão paulista em 1975. Aquela equipe ficou 50 partidas sem perder, sob o comando do (treinador argentino) José Poy", contou Chulapa, ídolo no Tricolor paulista e no Alvinegro praiano, à Gazeta Esportiva.Net.
Agora rivais no Mundial de Clubes, Muricy Ramalho e Nelsinho Baptista jogaram juntos de 1973 até 1977 no São Paulo - depois, o ex-lateral direito, hoje técnico do Kashiwa, se transferiu para o próprio Santos, onde foi campeão paulista em 1978.
Acervo/Gazeta Press

Nelsinho (o penúltimo de pé da esquerda para a direita), Muricy e Serginho Chulapa (segundo e terceiro, respectivamente, agachados da esquerda para a direita) foram campeões paulistas pelo São Paulo em 1975
No Tricolor, os dois comandantes, inclusive, chegaram a dividir quarto na concentração do time do Morumbi. "Eles sempre foram amigos. Aliás, nos cinco anos em que estivemos juntos no São Paulo, fizemos boas amizades. O Muricy e o Nelsinho se dão muito bem na vida particular deles, são grandes amigos", comentou o ex-centroavante, maior artilheiro santista na Era pós-Pelé, com 104 gols.
Antigo auxiliar de Nelsinho Baptista no Peixe, em 2005, o irreverente Serginho Chulapa contou que, após a saída do treinador da Vila Belmiro, no mesmo ano, ambos perderam contato, diferentemente do que aconteceu com Muricy Ramalho.
Chulapa não é mais auxiliar técnico alvinegro, porém, como continua funcionário do clube e ainda mantém residência fixa no litoral paulista, ele e Muricy estão sempre juntos. "Sempre tive um convívio muito bom com o Nelsinho, mas, depois que trabalhamos juntos no Santos, nunca mais falei com ele. Já com o Muricy, agora, é bem mais fácil. Ele está aqui no Santos, estamos sempre juntos. Temos uma parceria muito legal", apontou.
Por isso, além do convívio mais recente com Muricy, a forte identificação do antigo camisa 9 com o Santos não irá permitir que Serginho Chulapa torça pelo também amigo Nelsinho Baptista, comandante do atual campeão japonês.
"Não tem como não torcer pelo Santos. Estou trabalhando há oito anos no clube e tenho acompanhado o Muricy de perto, todo o trabalho que tem sido feito. Vou torcer por ele e pelo Santos, pois essa torcida e essa garotada que está lá no Japão merecem esse título", ponderou.
Apesar de sua torcida, o ex-centroavante, autor do gol do título paulista do Peixe em 1984, espera um jogo complicado para os santistas. "Vai ser uma semifinal difícil, mas com certeza o Santos tem totais condições de conquistar um bom resultado. A equipe tem um dos melhores jogadores do mundo, que é o Neymar, além de um conjunto excepcional. Acredito que possamos chegar à final e, quem sabe, ganhar o título contra o Barcelona", encerrou.