De Vitor Birner
Reproduzo aqui a minha coluna no Lance do sábado passado.
O tamanho do texto não é livre. Tem número de carcacteres definido por causa da diagramação do jornal.
No espaço pré-determinado, resumi a passagem de Dagoberto pelo Morumbi.
Dagoberto foi ruim para o São Paulo
Dagoberto deixou o Furacão por meio de ação na Justiça. Queria defender o São Paulo, então campeão brasileiro e vice da Libertadores.
O clube paulista era excelente opção para o jovem atleta ganhar espaço na mídia, chegar à seleção e abrir portas em grandes clubes estrangeiros.
A direção são-paulina imaginava estar contratando o craque. Confiava nele como diferencial do sistema ofensivo previsível, duro, e muito dependente da bola parada.
Estreou contra o Grêmio na Libertadores, em 2007. Participou do lance da vitória por 1×0. No Olímpico, viu seu time ser desclassificado sem chutar em gol.
Nas três Libertadores seguintes, o atacante realmente se destacou, mas graças a incapacidade de resolver partidas decisivas, quando sumiu, ao excesso de individualismo e a falta de garra.
Os mata-matas nunca foram o forte dele. Jamais conseguiu chegar em decisões do paulistinha, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana.
Talvez não consiga lidar com as emoções na hora da pressão.
O retrospecto diante do Corinthians, os clássicos mais importantes para os são-paulinos, beira o ridículo.
Debutou no período do tabu favorável ao tricolor.
Precisou de 4 anos para obter a única vitória no Majestoso, no dia em que Ceni marcou o centésimo gol da carreira. .
Protagonizou casos de indisciplina.
Foi multado ao receber cartões inúteis.
Escapou da punição após o chute estranho na semifinal frente o Peixe, em 2010.
Ouviu resposta pública de Ceni ao dizer: “A gente voltou à nossa realidade. Foi bom para aprender”, logo após o 5×0 contra o Corinthians.
O próprio Dagol havia desperdiçado excelente chance quando cada equipe tinha 11 em campo e o placar estava em branco.
Conquistou dois Brasileirões, é verdade. Tal mérito ninguém pode lhe tirar.
Vale lembrar que aquela equipe campeã recebeu elogios pelo desempenho na defesa enquanto o ataque escutava críticas por depender das bolas paradas.
Na sua melhor temporada, a atual, não serviu de referência aos garotos de Cotia.
A tendência é que não leve o São Paulo à Libertadores.
No Morumbi, apenas os masoquistas, tietes e quem crê cegamente no ser humano sentirão saudades de Dagoberto.
Explico
Quando escrevo “A tendência é que não leve o São Paulo à Libertadores.”, tomo como base o desempenho de Dagoberto nas horas decisivas (ele tem jogado muito mal as partidas mais importantes).
O São Paulo pode disputar o torneio continental na próxima temporada, mas provavelmente dependerá de outros jogadores para conseguir ganhar de Palmeiras e Santos.
Como aconteceu contra o América e o Avaí, quando Luís Fabiano decidiu.
Dagoberto foi ruim para o São Paulo
Fonte Birner
22 de Novembro de 2011
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