"Qualquer meia ofensivo pode substituir o Dagoberto sem problema nenhum. O Marlos, por exemplo. Ou posso enfiar dois centroavantes", falou o treinador, com tom de voz no qual deixa claro que o camisa 25, embora artilheiro e líder em assistências no elenco na temporada, não é tão fundamental.
O comandante provou isso na vitória sobre o Avaí nesse sábado, a sua primeira nesta passagem pelo Morumbi. Leão tirou Dagoberto na saída de bola do primeiro gol de Luis Fabiano para colocar Willian José, já usando a estratégia de dois centroavantes que citou. O segundo gol saiu exatamente com a participação dos dois.
Fernando Dantas/Gazeta Press

Por estar "sem brilho", Dagoberto foi sacado contra o Avaí e Willian José, seu substituto, participou de um gol
"O goleador precisa estar em campo. Por isso, saiu o Dagoberto, não o Luis Fabiano", explicou o chefe, nem ligando para o fato de ter sacado um atacante que marcou 22 gols em 55 partidas no ano e preferir um centroavante que balançou as redes três vezes em nove jogos pelo Tricolor em 2011 - Luis Fabiano, contudo, provou que o comandante estava certo ao fazer seu segundo gol diante do Avaí.
Cenário em campo que comprovou a Leão sua impressão de esgotamento de Dagoberto, vinculado ao São Paulo até abril e com pré-contrato assinado com o Internacional de acordo com informação divulgada pelo próprio treinador - existe até a possibilidade de o Colorado solicitar a antecipação de sua liberação para tê-lo a partir de janeiro.
"O Dagoberto tem uma técnica apuradíssima, mas acho que está um pouco esgotado pelo fim do ano, não sei se mentalmente ou fisicamente. Está um pouco cabisbaixo dentro do campo", analisou o técnico. "Estamos conversando bem e preciso compreendê-lo até em momento de desacerto. Mas o Dagoberto me pareceu sem brilho e vamos acostumar todos que podem sair e entrar a toda hora. A saída dele ajudou o time", concluiu.