A primeira semana livre para treinos no São Paulo serviu para Leão definir suas apostas para o fim da temporada. Entre polichinelos e gritos, o treinador aumentou a cobrança sobre jovens como Lucas e Marlos, pôs outros como Denilson e Cícero de molho, e tirou um pouco do peso sobre os veteranos Rivaldo, Luis Fabiano e Rogério Ceni.
Num time que fez um gol nos últimos seis jogos, Leão tem usado os treinos de finalização para cobrar os atletas. Lucas, que não balança a rede há quase dois meses, é “marcado” de perto dentro e fora de campo pelo treinador. “Ele ainda perde tempo com a cabeça baixa. Às vezes vira e chuta, sem nem saber direito onde está o gol”, criticou Leão.
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Titular nas duas partidas com o novo treinador, Marlos virou uma espécie de xodó, mas tem mostrado péssimo aproveitamento. Por isso, é o mais “punido” com os polichinelos, arrancando risadas do grupo. Carlinhos Paraíba, por outro lado, tem mostrado empenho e é um dos mais eficientes nos arremates. “Ele não tem dado chance a ninguém”, elogiou Leão.
O detalhismo no trato com alguns contrasta com o “esquecimento” de Leão em relação a outros. Denilson, pouco prestigiado, ainda não teve chance com Leão e perdeu de vez o status de titular. Nos treinos, tem deixado clara sua desmotivação. Já Cícero, um dos principais jogadores na época de Adilson Batista, tem sido testado na lateral esquerda, como possível reserva para Juan. No último jogo, contra o Vasco, o meia viajou ao Rio, mas nem ficou no banco.
Os veteranos têm tratamento diferenciado. Rogério Ceni, Rivaldo e Luis Fabiano são poupados pelo técnico dos puxões de orelha, mas não escapam das brincadeiras: “Fabuloso, hein!”, cutucou Leão, após chute torto de Luis Fabiano ontem. Com Rivaldo, a conversa foi particular para explicar o porquê da reserva.
