"Quando minha mãe e meu pai conversavam comigo, minha aceitação era profunda porque estavam passando ensinamentos através de autoridade e experiência. Para o atleta, isso é sempre para tentar melhorar, e os mais inteligentes vão aproveitar", projetou o treinador, preocupado em dar paciência não só aos jovens, mas aos dirigentes que querem resultado imediato.
"É uma subida em massa, precisamos tomar cuidado. Não vamos aproveitar toda a massa, mas podemos lhe dar uma estrutura para que uns sejam usados em um ano e outros, talvez, posteriormente", avisou o treinador, que hoje tem em seu elenco 29 atletas, 11 recém-promovidos da base e Willian José, contratado aos 19 anos.
Fernando Dantas/Gazeta Press

Leão quer que os tímidos acompanhem quem se destaca para resgatar jovens escondidos e sem brilho
Entre os garotos, há quem se destaca, como Lucas, Casemiro e Wellington, por exemplo. Quem se esconde - alguns por timidez, como Willian José -, é vítima dos polichinelos e flexões que o técnico ordena como punição a erros durante os treinamentos. Se oficialmente é um castigo, na prática é uma maneira de chamar atenção.
"Às vezes, faço um tímido pagar mais, o provoco, forço seu erro para que ele se torne mais notável no grupo. Ficar na esquina esperando o trem passar ou na penumbra não dá. Preciso introduzi-lo", contou Leão, que sempre enfatiza tratar todos como profissionais, fazendo, inclusive, exigências fora de campo. E está à disposição integralmente de qualquer um.
"O atleta que vai passando sua personalidade e necessidade. Eu, como experiente no ramo, tenho que descobri-lo. Às vezes em um diálogo simples ou em um relaxamento na hora em que ele nem está percebendo, mas está trabalhando", falou o técnico. "Estarei sempre próximo. Com alguns, acompanho à distância porque se conduzem sozinhos. Com outros, tenho que caminhar junto", completou.