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"Sentimos medo da declaração do presidente de que não troca mais treinador, só jogador. Ficamos ameaçados", assumiu o defensor, ressaltando que o sentimento mais atrapalha do que ajuda. "Não adianta pensar que 'se errei hoje, amanhã saio do São Paulo'. Se pensarmos assim, é muito mais fácil errar", indicou.
As palavras do mandatário não surtiram o efeito imediato esperado em campo. Desde então, o São Paulo perdeu do Libertad, sendo eliminado da Sul-americana, e empatou com o Vasco, caindo para a sétima posição do Brasileiro e abrindo para dois pontos a distância para a zona que dá vaga na Libertadores.
E a equipe só venceu um dos últimos dez jogos - não ganha há oito rodadas na liga nacional. Mas João Filipe não concorda com previsões de fracasso. "Não tem nada perdido, gente. O campeonato ainda está em disputa, são seis partidas. Se conseguirmos as vitórias necessárias, vamos nos classificar para a Libertadores", apontou.
O zagueiro é um dos poucos que devem se sentir mais aliviados com a ameaça de Juvenal. Contratado em julho, o defensor agradou tanto em seus primeiros jogos que logo assinou vínculo até o final de 2016, e ele mesmo concorda que tem ido bem. Mas, mesmo poupado, pede união de todos para o grupo se reerguer.
"Desde quando cheguei, acho que ajudei mais do que errei. Mas perdem e ganham todos. Não adianta colocar um no fogo. Se o time perde, todos estão no fogo. Não adianta tentar apontar um ou outro e tirar o meu da reta. É um grupo", convocou, projetando dias mais calmos.
"Preicamos ficar tranquilos. O Leão vem ajudando e só nos podemos sair dessa situação. Temos que estar firmes, focados e fechados", ensinou o zagueiro, já pensando na partida de sábado, contra o Bahia, em Salvador. "Ganhando uma partida, esse temporal já passa."