"Nenhum jogador assina contrato com uma cláusula que o obriga a ser titular em todos os jogos. Pela minha idade, é normal passar por esse momento", considerou o jogador de 19 anos e somente 14 meses como atleta profissional - sendo reserva raríssimas vezes -, tempo curto que o faz considerar naturais tantas críticas.
"Eu sabia que uma hora isso ia acontecer. É muito difícil manter uma boa performance sempre, o tempo todo. Sou muito jovem, comecei há pouco tempo, e muita coisa já aconteceu na minha carreira. É normal essa queda. É muita viagem, treinos, jogos...", relacionou o jogador que, neste ano, já foi à Copa América e campeão do Sul-americano sub-20, assegurando vaga nas Olimpíadas de 2012.

Sucesso que valeu uma rotina cada vez mais desgastante desde o início deste ano, quando Lucas virou presença constante nas convocações de Mano Menezes. Aliada à alegria por atingir um sonho profissional antes dos 20 anos de idade, com direito a gol sobre o Argentina, veio uma pressão que o garoto diz que já previa.
"A Seleção te deixa mais visível e a cobrança aumenta. Nem acho que estou jogando tão mal assim. Corro, tento, mas cada erro se torna pior. E aceito isso", declarou. "Se me cobram, é porque tenho talento. Não cheguei aqui e à Seleção à toa. Sei que, em uma jogada, posso ajudar um companheiro a fazer o gol."
Com essa confiança, o astro do Tricolor prefere ressaltar sua juventude para usar o desempenho atual como aprendizado. "Preciso passar por essa experiência e conhecer esse lado para dar mais valor quando estiver bem. Mas tenho uma família comigo que me apoia bastante e sempre me dá conselhos", afirmou.