"Quem for ao estádio vai ver um grande jogo. Espero que possamos conseguir esta vitória para a torcida voltar a se animar com o São Paulo, pois tenho certeza que o time dará muitas alegrias até o fim do campeonato", projetou o coordenador técnico que, nos planos iniciais da diretoria, deveria fazer sua despedida como comandante interino neste fim de semana.

O discurso é quase um apelo para que as arquibancadas não se esvaziem. O São Paulo ostenta os maiores públicos do Campeonato Brasileiro, levando mais de 63 mil pagantes ao Morumbi tanto no milésimo jogo de Rogério Ceni pelo clube (vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG) quanto na reestreia de Luis Fabiano (derrota por 2 a 1 para o Flamengo).
Mesmo na Arena Barueri, mais de 24 mil pessoas acompanharam o empate sem gols com o Inter no feriado de 12 de outubro. Mas o desânimo diante da irregularidade da equipe ficou claro no último confronto, quando menos de 8 mil torcedores gastaram para acompanhar o triunfo por 1 a 0 sobre o Libertad, pela Copa Sul-americana.
Embora tenha a intenção de incentivar os torcedores, Milton Cruz não anuncia quais serão os atletas que iniciarão o confronto contra o Coritiba. Sua dúvida está no meio-campo. Sem Denilson, suspenso, cogita escalar Casemiro, Carlinhos Paraíba, Jean ou Rodrigo Caio, e ainda não escolheu entre Marlos e Cícero como companheiro de Lucas na armação.
O interino, entretanto, garante que não haverá revolução em relação à equipe que pôs na quarta-feira o fim a um jejum de vitórias que já durava seis partidas. "Não tem muita coisa para mudar", argumentou Milton Cruz, que definirá seu time de acordo com o adversário.
"Estou observando o Coritiba há algum tempo. Vou ver o último jogo deles e aí vamos ver a característica que vamos usar. É um time que deixa jogar mais que o Libertad, que marcava mais. Mas é uma grande equipe, comanda pelo Marcelo Oliveira, que é meu amigo e já jogou comigo", encerrou o interino.