
O São Paulo, como tantos outros, sentiu a dureza de correr, chegar quase à exaustão e só conseguir um golzinho. E tem que erguer as mãos para os céus.
Porque tudo parecia indicar que os paraguaios conseguiriam o que buscavam. Sim, decididamente, o time deles veio determinado a empatar para, em casa, semana que vem, fazer a diferença. Seu plano só falhou porque Luis Fabiano estava lá.
Uma das mais antigas verdades do futebol é que nunca se deve tirar de campo um artilheiro. Sem jogar o que devia e podia (ele próprio confessou isso no final), salvou o jogo, deu novo moral à equipe para brigar pela sobrevivência na Copa Sul-americana e se reencontrou como homem-gol.
Uma coisa foi a vitória muito difícil. Outra será jogar na quarta feira próxima do jeito que seu adversário atuou aqui. Ou seja, consagrar o empate como ideal.
Como brasileiro é pouco habituado a jogar na retranca, Milton Cruz vai ter que trabalhar muito esse tipo de comportamento. Convicto de que competição no estilo mata-mata nem sempre pede futebol de luxo, o competente homem certo das horas incertas do Tricolor saberá como fazer.