Adilson Batista completou quatro jogos sem vitória pelo São Paulo na noite de quarta-feira, contra o Cruzeiro, na Arena Sete Lagoas.
Com vantagem no placar por duas vezes contra o pior time do retorno, os são-paulinos deixaram o campo com a sensação de pontos perdidos. Mais complicado ainda para Adilson, cobrado pela instabilidade do time.
Passadas 20 partidas à frente do São Paulo, o treinador tricolor tem um aproveitamento de 48% dos pontos conquistados, o que seria suficiente para ocupar apenas a 10ª colocação do Campeonato Brasileiro. Nos 18 jogos em que participou na Série A, ele venceu apenas um terço: seis. Em três clássicos, sendo dois jogados no Morumbi, Adilson também não conseguiu vencer.
O que sustenta o São Paulo entre os líderes do Brasileiro, por incrível que pareça, é o aproveitamento obtido por Paulo César Carpegiani nas primeiras rodadas da competição. Dispensado depois de perder para o Flamengo, Carpegiani saiu do clube com cinco vitórias e três derrotas na Série A, com aproveitamento de 62%. Esse índice, no momento, seria suficiente para ocupar o primeiro lugar na tabela. Mílton Cruz, que obteve duas vitórias em dois jogos, também contribui para o bom posicionamento.

O índice de Carpegiani não é uma exclusividade do Campeonato Brasileiro. Criticado pelas eliminações na Copa do Brasil e no Campeonato Paulista, o treinador deixou o São Paulo após participar de 47 jogos. O aproveitamento ao longo de todo seu trabalho era ainda superior, com 66%.
A passagem pelo São Paulo, até aqui, reforça o inferno astral recente de Adilson Batista, visto como um dos principais treinadores do Brasil até os primeiros meses do último ano. No Brasileiro de 2011, com o Atlético-PR, Adilson participou de seis jogos e teve cinco derrotas e um empate. O aproveitamento particular do técnico na Série A 2011, com 37%, seria suficiente para ocupar a 16ª posição na tabela.