Luis Fabiano, um estranho no time

Fonte Estadão PAULO CALÇADE

Luis Fabiano finalmente estreou, mas o São Paulo continua sendo uma equipe formatada para jogar em contra-ataques. A expulsão de Lucas, aos 9 minutos do segundo tempo, encerrou uma partida e iniciou outra, muito mais emocionante, radical e imprevisível.
Vanderlei Luxemburgo imediatamente trocou Aírton por Diego Maurício. O volante apenas dedicado ao trabalho sujo, posicionado na área de atuação do jogador expulso, foi substituído por um atacante. A vantagem numérica durou apenas 16 minutos, até a exclusão de Williams, mas foi suficiente para o Fla abrir o placar com Thiago Neves.
Já não havia mais como recuperar o jogo certinho e posicionado do primeiro tempo. Luxemburgo fez o básico, colocou Diego Maurício, Deivid e Thiago Neves para pressionar a última linha são-paulina e tirou Ronaldinho Gaúcho do embate com o volante Welington, escalado como lateral direito.

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Quando Dagoberto empatou, aos 33 minutos, Rogério Ceni já era o melhor jogador da equipe, com defesas incríveis, principalmente quando o Flamengo chegava à linha de fundo. Se Luxemburgo trabalhava bem, Adilson Batista era injustamente vaiado por sacar Luis Fabiano do time. Foi o culpado até pelo gol de desempate, um chute de Renato desviado em Carlinhos Paraíba.
Contra-atacar bem é virtude, mas não pode ser o formato dominante de uma equipe. O novo camisa nove precisa, além das jogadas de velocidade, de um grupo que saiba ter posse de bola nos últimos 30 metros do gramado e pensar em algo mais equilibrado. Nos primeiros 60 minutos com a camisa tricolor, Luis Fabiano foi um estranho no time.
Mais uma vez, a exemplo do que havia acontecido contra o Atlético Mineiro, na milésima partida de Ceni no São Paulo, o torcedor lotou o estádio para reverenciar um ídolo. Luis Fabiano ainda não é capaz de suportar 90 minutos, mas era fundamental vê-lo desde o início, saber quanto tempo vai precisar para se adaptar ao time.
Antes e depois dos jogos, os alto-falantes do Morumbi tocam músicas selecionadas por Rogério Ceni. São clássicos do rock, dos pesados às baladas. O capitão tricolor, entretanto, ainda não conseguiu interferir no futebol de sua equipe a ponto de transformá-la num sucesso para seu público.
O futebol brasileiro está diferente. São Paulo x Flamengo fizeram mais que um grande clássico, proporcionaram um evento especial, deram ao jogo a dimensão correta do que o campeonato poderia ser todos os dias. Com dinheiro em caixa e ídolos em campo, o torcedor responde bem, desde que tratado com dignidade.

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Luis Fabiano, Ronaldinho Gaúcho, Rogério Ceni, Rivaldo, Lucas e Thiago Neves... Jogadores desta e de outras gerações ajudam a entender a mudança em curso no futebol brasileiro. O risco é não percebê-la.
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