O São Paulo conseguiu empatar o jogo contra o Botafogo após estar perdendo por 2 a 0. Muito dessa reação tricolor se deve ao forte banco de reservas da equipe do Morumbi. Após o resultado conquistado no Engenhão, o atacante Henrique destacou a força do grupo.
“Isso mostra que o São Paulo tem elenco muito bom, quem está de fora entra e não deixa cair. Muitas vezes, até melhora, como foi o caso de hoje. Esse ponto foi importante para nós.”
Muito da força do São Paulo no Brasileirão está na pluralidade de jogadores. O clube paulistano tem a capacidade de variar de estilo durante o jogo e mudar o destino de uma partida. Mesmo com jogadores de qualidade no time titular, os reservas conseguem entrar e melhorar a equipe, em muitos momentos. Porém a força do elenco não está limitada às peças no ataque ou meio campo.
Os jovens destacam-se na defesa
Adilson utiliza, no São Paulo, o 4-4-2, variando apenas a formação do meio-campo. Desse modo, a linha defensiva mantém uma base. Nas últimas partidas, João Filipe e Rhodolfo formaram a zaga tricolor. O jovem oriundo do Botafogo aparece como destaque, deixando outros jogadores, como Xandão, Luiz Eduardo e Bruno Uvini, no banco.
João Filipe veio por empréstimo do alvinegro carioca e aproveitou as lesões no grupo tricolor, ganhando sua vaga na equipe. O jovem consegue dar segurança à defesa, mostrando habilidade e constância. Quando tem a bola, o zagueiro mostra uma técnica similar à de Miranda, tendo tranquilidade no desarme e na saída de jogo.
Fora dos titulares, Bruno Uvini aparece como destaque. O jogador é constantemente convocado para as seleções de base brasileiras, assumindo sempre uma posição de liderança no grupo de jogadores. No São Paulo, Bruno não recebeu muitas oportunidades, muito pelas diversas opções do Técnico Adilson Batista.
A saída de Miranda parece não ter o impacto esperado na defesa tricolor.
Muita marcação em um time de velocidade
O São Paulo da temporada 2011 destaca-se pela rápida saída de bola e chegada ao ataque. Muitas vezes, o time tem mais facilidade fora de casa, quando tem o contra-ataque, do que em casa, momento em que precisa propor o jogo. Acomodando-se ao grupo de jogadores, Adilson montou esse esquema recheado de volantes rápidos e com qualidade.
No elenco são-paulino, os volantes são a maioria entre os meio-campistas. Wellington, Jean, Denílson, Rodrigo Caio, C. Paraíba, todos são jogadores de marcação. Outros nomes como Casemiro e Cícero aliam força defensiva com saída para o jogo, mesmo assim, podem ser considerados como volantes.
Na parte criativa, Rivaldo e Cañete aparecem como opções. Porém, no esquema de velocidade montado por Adilson Batista, a dupla perde espaço, uma vez que não conseguem manter o ritmo rápido e a ligação veloz ao ataque. Os dois jogadores, no entanto, são ótimas opções nos momentos em que o time precisa mudar o estilo de jogo, aumentando a cadência, como aconteceu diante do Botafogo, quando Rivaldo apareceu para mudar o rumo do confronto.
Ataque de velocidade, esperando a referência
Alguns meias têm sido aproveitados por Adilson no ataque. Marlos e Lucas jogam muito mais como atacantes, caindo pelos lados, do que como jogadores de ligação. Essa opção se deve à formação da equipe baseada no ataque rápido, de ligação ágil.
Com a chegada de Luis Fabiano ? que estreia no próximo jogo, contra o Fla ?, o time pode alterar seu estilo de ataque. O centroavante deve mudar o estilo de jogo do São Paulo, acrescentando uma referência importante, principalmente em jogos nos quais o clube precisa se impor.
Muitas vezes, o time de Adilson improvisou Cícero e até mesmo Rivaldo como homem centralizado no ataque. Entretanto a chegada do Fabuloso deve aprimorar o ataque Tricolor, mesmo diminuindo a velocidade no ataque.
O técnico tricolor tem diversas opções para montar um novo São Paulo com a volta de Luis Fabiano, porém, de qualquer forma, a força do elenco será maior que qualquer formação titular fixa. O grupo do clube paulistano permite alterações de estilo, de esquema, sem perder a qualidade.
