Na última segunda-feira, em uma entrevista para o canal "Sportv", o goleiro Rogério Ceni foi enfático ao dizer que metade das faltas que o atacante Neymar, do Santos, sofre, não acontecem. "Garanto que nem 50% das entradas são faltosas, nem 50%. Agora, que ele é o melhor jogador do Brasil não se discute. Mas em 50%, é simulação", disse o capitão do São Paulo na ocasião.
E a opinião não é apenas do camisa 1. O volante Wellington concorda com as palavras de Ceni e avalia que Neymar simula quando sofre algumas faltas. "Tabém acho, ele valoriza muito, é um gande jogador, um craque. Mas valoriza muito as faltas. Acho que é errado. Acaba atrapalhando o árbitro, ele dá carão errado. Não se deve simular faltas", disse o atleta.
O zagueiro João Filipe corroborou os discursos de Ceni e Wellington e também considera que o craque santista valoriza muitos lances. Mas, de acordo com o defensor de 23 anos e 1,90m, Neymar não tem um porte físico ideal para trombar com jogadores mais fortes que ele.
"Ele é um excelente jogador, tem um futuro brilhante e pode ser um dos melhores do mundo. Mas ele é franzino. No meu caso, não vou medir forças para chegar no atacante, chego para dividir e ganhar a jogada. E por ele ser magro, pequeno, se a gente chega com força, pode machucar. E ele valoriza um pouco sim", disse o camisa 21.
Para a TV, Rogério Ceni também fez referência ao peso de Neymar e pediu o cumprimento da regra do futebol para todos, independente do físico. "Ninguém tem que ser protegido no futebol. A regra tem que ser igual para todos, não tem talento a mais ou a menos. A regra tem que ser igual para quem pesa 60 ou 90 quilos. Se fizer falta, tem que ser falta. Se não fizer não tem que ser", concluiu o arqueiro.
No duelo deste ano pelo Brasileirão, no empate por 1 a 1 na Vila Belmiro, Neymar não conseguiu marcar contra o São Paulo muito em função da marcação exercida por Iván Piris sobre ele. O paraguaio, inclusive, exaltou sua própria atuação contra o atacante no dia seguinte ao clássico.