Rogério contou que, antes mesmo do jogo começar, Vinícius chegou para conversar com ele e disse: “Se for com camisa preta, você nem entra em campo”. Na hora, o goleiro do São Paulo questionou a atitude do quarto árbitro e houve um pequeno desentendimento.

“Antes do jogo já começou o tumulto. Aí o clima ficou favorável à pressao que o Grêmio fez. Ele chegou com livro de regras dizendo: ‘A primeira regra que o senhor deve ter é bom senso’, e eu concordo, mas não precisa chegar intimidando”, explicou Ceni, em entrevista ao SporTV, nesta segunda-feira.
Apesar dos problemas com o quarto árbitro do jogo, Rogério Ceni não quis fazer grandes críticas ao juiz da partida, Héber Roberto Lopes. “Ele foi bastante cordial. Só que ele deu cartão para o Marquinhos, depois deu um cartão para o Casemiro três minutos depois que aconteceu o lance. Aí eu acho que ele perdeu o controle do jogo”, declarou Ceni.
Ao todo foram oito cartões amarelos distribuídos ao longo dos 90 minutos de jogo – cinco para o Grêmio (Marquinhos, Saimon, Julio Cesar, Douglas e Ed Carlos) e quatro para o São Paulo (Juan, Casemiro e Dagoberto). A reclamação de Rogério é a respeito da penalização dada a Casemiro, que foi aplicada depois de alguns minutos que o lance já tinha acontecido.
“Nunca vi um cartão retroativo. Uma falta de três minutos atrás, você voltar e dar o cartão para o jogador. Se o bandeira sinaliza, ok. Mas a bola saiu duas vezes, na terceira vez ele voltou e deu cartão”, disse o capitão são-paulino.
Ainda assim, Ceni admitiu a má atuação do São Paulo e disse que sua equipe não mereceu sair do Olímpico com a vitória. “Também não podemos esquecer que nós não fomos competentes para ganhar o jogo. Era jogo pra empate, 0 a 0”, finalizou.