De Vitor Birner
Rogério Ceni é uma das exceções no futebol de hoje, onde o atleta ama o dinheiro e não tem menor apego ao time que defende.
É daquela turma em extinção, formada pelos craques campeões identificados com as torcidas que os idolatra.
Tenho saudades dos tempos em que o torcedor olhava em campo e via o jogador que podia chamar de seu.
O palmeirense Ademir da Guia, o flamenguista Zico, o Tricolor Romerito, o cruz-maltino Roberto Dinamite e vários outros boleiros usavam as camisas como se fizessem parte de seus corpos.
E decidiam campeonatos.
Rogério Ceni, diferentemente de alguns citados, não tem a simpatia dos adversários, como por exemplo São Marcos que também é da turma citada.
As razões são simples.
Ceni coloca o clube a frente da seleção, tal qual a maior parte das pessoas que vive o dia-a-dia do futebol.
É extremamente competitivo.
Não sabe perder.
Ganhou muito pelo São Paulo.
Fez gols nos principais rivais.
Quebrou vários recordes.
Como nunca defendeu a seleção brasileira em Copas do Mundo, os torcedores dos rivais são-paulinos não viveram a experiência de ter Rogério Ceni a favor.
Ceni não dá declarações pensadas para agradar a opinião pública e tampouco é naturalmente simpático.
Tudo isso, nem precisa ser inteligente para deduzir, aumenta a antipatia dos rivais do São Paulo pelo goleiro.
Mesmo assim, o ídolo do tricampeão da américa do mundo é um mito da história do futebol.
Goleiros e goleiros passarão por diversos clubes e não atingirão as marcas dele.
Provavelmente, sequer se aproximarão.
Predestinado, completou 1000 jogos no mesmo dia do aniversário de 21 anos da chegada ao clube onde passou a maior parte do tempo de vida, fez o centésimo gol, algo inimaginável para alguém da posição, diante do maior rival, e atuou de forma memorável em diversos jogos decisivos.
Minha homenagam a um dois maiores ídolos da rica história são-paulina (o maior para muitos) é a mais tradicional possível.
O vídeo abaixo tem a defesa no chute indefensável de Gerrard, em 2005, na decisão do Mundial.
Não sei como ele chegou na bola.
E não acredito que seria capaz de repetir a intervenção.
O desejo de ser campeão, o momento, a sorte, o fato de ser predestinado talvez expliquem o inexplicável.
Parabéns ao atleta que agora forma com Pelé e Roberto Dinamite o trio de jogadores brasileiros que disputaram 1000 partidas com a camisa do mesmo time.
Como defendeu????
Rogério Ceni, ídolo do São Paulo e mito do futebol, parabéns!
Fonte Blog do Birner
10 de Setembro de 2011
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