Pela primeira vez em 20 rodadas, o São Paulo está fora do G-4 do Brasileirão. A quinta colocação não chega a desanimar, já que a palavra título continua sendo exaustivamente repetida no clube, mas novos vacilos não serão mais admitidos. Para corrigir os erros, a aposta é na conversa.
Nesta sexta-feira pela manhã, Adilson Batista usará a sala de vídeos do CT da Barra Funda para mostrar aos jogadores as falhas cometidas na derrota por 2 a 1 para o Fluminense. O comandante não ficou satisfeito com a "sonolência" apresentada nos primeiros 20 minutos e, na entrevista coletiva após a partida, disse que o revés era inevitável independente da escalação.
Na reapresentação do elenco, nessa quarta, já houve uma conversa. O objetivo, segundo o auxiliar técnico Milton Cruz, é arrancar a partir das primeiras rodadas do returno. "Nossa ideia é embalar, tomara que a partir desse jogo contra o Figueirense. Nós estamos em quinto lugar, mas logo podemos subir para a liderança. O campeonato é muito equilibrado".
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A irregularidade demonstrada até aqui é justificada com a juventude do grupo, que tem muitos atletas promovidos das categorias de base. O desmanche quase completo da base tricampeã brasileira também é considerado um motivo. No entanto, as "desculpas" precisam ser deixadas de lado se a intenção for exterminar os cinco pontos de vantagem do líder Corinthians.
Depois de um novo tropeço em casa - em seis jogos com Adilson, o time ganhou apenas um no Morumbi -, a ordem é jogar para vencer o Figueirense, no sábado, fora. Só assim os torcedores poderão ser considerados aliados, já que por enquanto a paciência dos fanáticos tem sido pequena.
Como fator positivo, está o bom desempenho longe de casa: são 62,2 de aproveitamento como visitante e 56,6% como anfitrião. "Quando jogamos fora de casa, a pressão para ganhar é do adversário. Você vai sem a responsabilidade de fazer um gol a qualquer momento, com a torcida deles vindo com tudo pedindo a vitória. A gente sai no contra-ataque, consegue meter um gol e ganhar", analisou o zagueiro João Filipe, que não vê problemas nos métodos de Adilson.
"Ele explica tudo da melhor maneira possível e quando a gente não entende ele chama num canto para explicar melhor", elogia. "Nosso grupo é muito bom. Com certeza o professor vai quebrar a cabeça, mas vai fazer tudo da melhor maneira possível", finalizou o camisa 21.
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Adilson diz que evita reclamar dos desfalques, mas esse é um problema constante. Para a próxima rodada, nove jogadores estão fora de combate: Jean, Juan, Wellington, Lucas, Piris, Fernandinho, Denilson, Bruno Uvini e Luis Fabiano, este último aguardado com ansiedade e considerado quase um "salvador da pátria". Além deles, o meia Cañete deixou o treino com dores musculares na quinta e será reavaliado.
