Cícero fez o primeiro gol do Tricolor na vitória diante do Ceará, na última quarta-feira, pela Sul-Americana, e marcou os dois que levaram à virada sobre o Avaí, pelo Campeonato Brasileiro. Além disso, o meia tem sido decisivo, com passes para gol e presença constante nas jogadas ofensivas.
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Nesta sexta-feira, no dia em que completa 27 anos de idade, Cícero nem se preocupa em apagar as velas. Com jeito simples e sossegado, só pensa em se estabilizar em São Paulo, achar tempo para passear na cidade e fugir das ovadas dos colegas no CT da Barra Funda. "Ainda não pensei em nada para comemorar meu aniversário. Sou muito tranquilo e devo ficar em casa com a minha mulher. Bolo, eu não sei se tem. O que tem é muita poeira em casa porque estamos reformando (risos). E espero que não tenha ovo. Nem vou dar ideia para o pessoal", brincou o jogador.
Chance/ O jogador, nascido em Castelo, no Espírito Santo, vê muitas oportunidades no São Paulo. Para ele, os três gols assinalados são só o começo. "Estou feliz no clube, em boa fase. A relação com a torcida é boa e estou me esforçando para conquistar espaço", disse.
Cícero foi revelado no Bahia, mas apareceu no cenário nacional quando conquistou o título estadual em 2006 pelo Figueirense. De lá, ele foi para o Fluminense e logo passou para o futebol alemão. "Foram três anos na Europa, aprendi muito, voltei mais técnico e experiente. Foi proveitoso", disse ele, que passou pelo Hertha Berlim e pelo Wolfsburg.
Cícero tem como meta conquistar títulos e colecionar amigos no São Paulo
Entrevista
Cícero, meio-campista do São Paulo
'Aqui é São Paulo. Temos de nos impor no domingo'
DIÁRIO_ Você fez gols decisivos e está jogando bem. Por que ainda não é titular absoluto no São Paulo?
CÍCERO_ É por uma questão tática e opção do Adílson Batista. Mas quero jogar e a regularidade em campo é fundamental. Estou lutando para manter isso e ficar com a titularidade.
Você é versátil em campo, mas em qual posição realmente deseja jogar?
O treinador é quem sabe o melhor, mas eu gosto de jogar do meio para a frente. Quero me firmar como titular, seja como segundo volante, meia ou segundo atacante.
Depois de duas derrotas para o Santos este ano, como a equipe do São Paulo encara o clássico de domingo?
Cada jogo é um jogo. Aqui é São Paulo. Temos de nos impor no domingo. Não tem nada engasgado, mas quando entramos dentro das quatro linhas, o pensamento é só o de ganhar.
A falta de um atacante de área é preocupante?
Não preocupa. Temos jogadores rápidos na frente. Quando eu jogo do meio para a frente, o Adílson pede para que eu entre na área. Então, às vezes, deixo de buscar o jogo para ser a referência na área. Os gols que fiz foram assim. Já ganhamos fora de casa nos contra-ataques.
Qual a tática para parar Ganso, Neymar e Borges?
O Santos é um dos melhores times do Brasil. Com o Borges, se bobear, toma gol. Se deixar o Ganso pensar, ele faz coisas incríveis. E o Neymar desequilibra. A nossa defesa é ter foco e entrar em campo com atenção redobrada neles.
