"Já joguei alguns minutos contra o Palmeiras no Paulista com o Felipão no banco. Minha expectativa de ajudar o São Paulo agora é grande. É um jogo de seis pontos em que podemos deixá-los bem atrás", afirmou o camisa 10 do Tricolor, tentando manter o adversário mais afastado dos que brigam pelo título brasileiro.
Até o ano passado, porém, a idéia do veterano era ajudar o Verdão. Durante os 14 anos em que ficou longe do Palestra Itália, sempre disse torcer pelo Palmeiras e ter repassado a escolha a seus filhos. Em 2010, logo após sair do Uzbequistão, foi a um jogo do time no Pacaembu declarando sua vontade de voltar para encerrar a carreira.

Marcelo Ferrelli/Gazeta Press
Rivaldo já enfrentou seu ex-time no Paulistão deste ano e agora espera ajudar mais o São Paulo como titular
O veto, contudo, veio exatamente de Luiz Felipe Scolari, com quem trabalho também no Bunyodkor, na Ásia. O treinador não quis mais um veterano em seu elenco. Viu Rivaldo aceitar convite de Rogério Ceni e Milton Cruz para defender o Tricolor no início deste ano e argumentou que, se tivesse aceitado Rivaldo no ano passado, ficaria seis meses sem poder contar com ele.
A mágoa que o jogador de 39 anos já havia exposto, porém, ficou para trás em declarações públicas. "Não tenho nada contra o Felipão. É uma grande pessoa por quem sou grato por ter me levado para o Mundial e o Uzbequistão", disse Rivaldo, que enfrentou o Palmeiras e Scolari só nos minutos finais do empate por 1 a 1 no Paulista.
Um novo reencontro com o ex-clube o anima. "Joguei por dois anos no Palmeiras e fui muito bem. Vai ser um clássico importante para mim. Será legal", falou, afirmando se sentir tão em casa no Morumbi que até ensina os mais novos a lidar com a torcida.
"A vaia é normal e o torcedor tem razão quando faz isso porque paga para ver o time bem. Mas um jogador do São Paulo não pode ter medo de nada, nem de errar", ensinou o hoje são-paulino Rivaldo.