A rodada do último fim semana foi marcada não apenas pelos tropeços dos três primeiros times do Brasileiro, que não alterou a classificação e manteve o Corinthians líder, mesmo com o empate em casa diante do Ceará, mas também as reclamações e problemas com arbitragens. Duas das principais estrelas deste Brasileirão, Ronaldinho Gaúcho e Neymar, não pouparam reclamações a Heber Roberto Lopes e Sandro Meira Ricci, respectivamente. Rivaldo contou o que faz para não entrar nesse tipo de polêmica.
Com sua idade e fama, o jogador do São Paulo revela ter mais acesso à arbitragem, e logo no começo da partida sempre conversa com os homens do apito que, por sua vez, muitas vezes ficam melindrados, acreditando que conversar com o atleta pode ser visto como falta de honestidade durante a partida.
"Nunca fui ameaçado, e procuro tranquilizar o juiz quando estou dentro de campo. Às vezes dão falta contra o São Paulo e ajudo o árbitro, porque sei que são situações difíceis, momentos rápidos de falta, escanteio, então tento conversar. Não pode o árbitro ser a estrela do jogo, no último jogo o árbitro não quis conversar comigo antes do jogo porque disse que a imprensa estaria olhando e ficou com medo", contou.
"Ele achou que não poderia dar moral para ele antes do jogo. A estrela são os jogadores, todos querem ver os jogadores, o árbitro tem que respeitar dentro de campo. Na maioria das vezes eles são simpáticos, depois o árbitro até sorriu, se abriu mais", contou o camisa 10, se referindo ao árbitro de São Paulo x Atlético/PR, Ricardo Marques Ribeiro.
No jogo do último sábado, em Goiânia, Neymar relatou que o mérito da vitória do Atlético/GO sobre o Santos foi exclusivamente do árbitro. Mas o atrito entre o jogador e Sandro Meira Ricci vem de longa data. No ano passado, o árbitro apelou a um processo na Justiça ao se sentir ofendido com críticas feitas supostamente pelo atleta no Twitter.
No dia seguinte, Ronaldinho Gaúcho alegou que Heber Roberto Lopes ameaçava mostrar cartões aos jogadores do Flamengo durante o empate com o Figueirense. O Rubro-Negro foi punido com seis amarelos, enquanto o adversário catarinense passou ileso durante 90 minutos. Gaúcho inclusive lamentou ter levado o terceiro amarelo, ficando fora da próxima partida.